segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Maestria Mágicka - Um Guia ao Novato


Maestria Mágicka - Um Guia ao Novato  
(Do Fenrir no. 6, yf 100)  
ONA

A essência de se alcançar o sucesso nos rituais cerimoniais e herméticos, é restringir o objetivo do ritual em um objetivo, bem especifico e achar antes do ritual a) uma visualização simples desse objetivo; b) uma frase (que pode ser cantada/vibrada) que captura o objetivo em poucas palavras.  Essa frase pode ser escrita (por ex: em um pedaço de papel e um código secreto que você criou ou nas escritas "ocultas" bem conhecidas) e queimar cerimonialmente durante o ritual.
Este objetivo deve se tornar então o seu desejo - e o ritual é o meio pelo qual esse desejo deve ser alcançado. Claro, que é essencial que esse desejo seja forte, e as técnicas de magia são simplesmente um meio onde esse desejo possa ser fortalecido e dirigido.
A técnica mais fácil de usar e dominar é frenesi. Isso é quando você trabalha gradualmente em si mesmo até um pico de emoção e excitação - e a a forma de um ritual é o meio para auxiliar isso, providenciando uma definição no tempo e espaço.  Em um ritual cerimonial, por exemplo, você pode usar um determinado texto (tal como "Pai Nosso" Satânico ou a Invocação a Baphomet) como um meio de gerar dentro de si a emoção necessária, dizendo as palavras firmemente e de forma teatral.  Se você está conduzindo um ritual com outras pessoas presentes, coloque-os em um estado mental adequado previamente, pois isso ajuda a gerar a partir de uma certa quantidade de energia mágica - você pode, por exemplo, mantém-los em um quarto escuro por cerca de meia hora antes do início do ritual. É essencial orquestrar o ritual, fazendo-o um evento memorável. 
O ritual inteiro do inicio ao fim, deve ser emocionante. Para atingir e manter tal emoção e drama, requer prática. Um bom magista irá ‘atuar’ na sua congregação, como um bom ator em um teatro - magia cerimonial sempre foi uma arte dramática. O feiticeiro adepto (ou feiticeira) às vezes também invocará de improviso em rituais cerimoniais, e por isso alguns cânticos devem ser memorizados previamente: para ser usado como e quando a ocasião exige.
Rituais - cerimoniais e herméticos - demandam energia e você é a faísca que inflama o fogo de Prometeu. Para gerar esta faísca requer esforço, tanto físico como mental, e você deve no final de qualquer ritual sentir-se eufórico mas cansado: estar, na verdade, quase à beira do esgotamento. Se você não estiver, é improvável que  o ritual seja bem sucedido. Esta é uma das coisas mais importantes para se lembrar. Não adianta apenas dizer as palavras, fazendo um pouco de cânticos ou mexendo os instrumentos: você deve ser emocional. Você deve literalmente ir quase ao ponto de possessão, de loucura divina/diabólica, mas sempre com o seu desejo (ou seja, o objetivo do ritual) firmemente diante de você, parando apenas pouco antes do abandono total. Você deve estar preparado para dançar, pular, rir, chorar e gritar - mas deve ser capaz de mudar abruptamente: cultivando o silêncio e olhar dramático.
Em rituais mais cerimoniais é uma das tarefas da congregação de abandonar-se - ao dançar seus desejos e assim por diante, mas você, como mestre/mestra cerimonial, não pode, uma vez que você deve direcionar as energias desencadeadas. Há um equilíbrio em qualquer ritual que só a experiência ensina, e a mestria envolve realizar rituais frequentemente a fim de desenvolver as competências necessárias.
Rituais funcionam através de energia: esta energia é direcionada por meio de visualização e canto/vibração através de seu próprio desejo. Ou seja, o ritual é o canal ou 'Portal', que permite um fluxo de energia acausal ao universo causal ('cotidiano'). Essa energia re-ordena o causal - ou seja, produz alterações.
Uma das primeiras prioridades de qualquer  feiticeiro aspirante deve ser adquirir e fornecer uma área como um templo - e/ou encontrar um local isolado e adequado ao ar livre. A mobília do templo deve ser simples, e deve ser deixado espaço para movimento. Seja criativo e individual sobre como criar a atmosfera certa no templo - por exemplo, uma bola de plasma em um templo de velas é mais impressionante do que um chata coleção de ossos velhos ou um crânio. Não use símbolos ou desenhos que você mesmo não entende/sabe o significado e mantenha-se a tradição. Por exemplo, um satanista tradicional genuíno nunca usaria qualquer simbolismo cabalístico ou estátuas/implementos/sigilos de Aeons mortos (Ex: Egito, Suméria). Em vez disso, haveria o setenário e simbolismo dos Deuses Obscuros (para os quais ver 'Codex Saerus' e 'Naos - um guia para a magia hermética sinistra'). 
Isto pode parecer pedante, mas é essencial para se sentir parte de uma tradição viva, exclusiva - alguém celebra o conhecimento secreto que os de fora não possuem, nem entendem se mostrado. Para sucesso em magia, sendo exclusivo significa mais poder e carisma.
Desenvolva sua habilidade de canto e vibrar por prática regular e não tenha medo de usar os cânticos latinos. Eles não são usados simplesmente porque poucos entendem o idioma - mas por causa de todas as línguas, latim é a melhor para ser cantada de acordo com os princípios do canto esotérico ( 'Naos’). Foi também a língua usada na missa negra tradicional, e alguns cânticos sem traduções sobreviveram os séculos. Estes cânticos devem ser memorizados para serem usado de improviso.

Exemplos de cantos:
*Veni, omnipotens aeterne diabolus!
*Ad Satanas qui laetificat juventutem meam.
Pone, Diabolus, custodiam!
*Aperiatur terra, et germinet Abatu.
*Caligo terrae scinitur
Percussa solis spiculo
Dum Lucifer ex stella nascitur
In fedei diluculo
Rebusque jam color
Redit Partu nitentis sideris.

Tradução: AShTarot Cognatus 

- Ordem dos Nove Ângulos -

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Revelação Satânica


Revelação Satânica 
ONA, 1994eh. 


[ O que se segue foi extraído de uma carta escrita por um membro da ONA a um inquiridor. Tal conteúdo é aqui reproduzido por revelar a real natureza de Satan e do Satanismo, e contesta as alegações daqueles que não compreendem o genuíno significado esotérico do Caminho Sinistro.]  

Há vários anos, em diversas cartas pra David Austin [Temple of Set¹] e para outros, Stephen Brown explicou que ser adversário era uma das razões pelas quais a ONA publicou vários artigos para contestar o que tinha se tornado a versão/visão “reconhecida” sobre o Satanismo. Essa versão “aceita” é a que foi promulgada por ambos, Temple of Set e a Church of Satan². Nós, na ONA, sabíamos que essa versão era basicamente uma imitação ou um pseudo-Satanismo,  um brincar de ‘mago’ por pseudo-intelectuais pretensiosos ou por aqueles sem nenhum conhecimento ou compreensão real, e portanto, sem nenhum caráter pessoal real. Esses dois grupos, seus membros, e outras imitações deles, tem tentado fazer o Satanismo manso e seguro, com muita conversa, muitos escritos, e muitos “rituais”. Porém, havia muito pouco ou nenhum Satanismo, sinistro ou ações sombrias sendo realizadas no mundo real.   

Para conter esse pseudo-Satanismo nós publicamos e disponibilizamos vários artigos e manuscritos – não especificamente para “ensinar” alguma coisa ou até mesmo para ganhar membros, pelo contrário, o fizemos para produzir controvérsias; para gerar uma reação. Essa é a dialética da mudança: tese-antítese-síntese; ying-yang-Tao, seja qualquer nome que tenha; o processo é o mesmo. Portanto, uma versão “alternativa” do Satanismo foi exposta, e uma história ou mythos³ “alternativo”. Coube e cabe a cada um, e todo indivíduo que leia nosso material, ou aqueles que entram em contato conosco, que façam as coisas por si mesmos. O esforço; o desafio é deles e somente deles. Tais coisas – como as próprias palavras (ou até mesmo a matemática) – foram e são meios, que devem ser usados para ir além deles. Aqueles que possuem a habilidade de ver ou entender o real intento/propósito por trás de tais coisas, [e aqueles que muitas vezes “leem as entrelinhas” ou percebem que existem algumas coisas que nós não dissemos] podem ir adiante, e realmente começar uma verdadeira jornada pelo Caminho da Mão Esquerda, e então desenvolver a si mesmos e talvez contribuir para a evolução.  Aqueles que não conseguem ou não podem ver ou entender, são irrelevantes de qualquer forma. A atual “verdade” ou “realidade”, por exemplo, os mythos/derivados/histórias propostos por nós, são irrelevantes. Uma das coisas que são importantes sobre tais coisas, é que são “alternativas”. Aqueles que não conseguem entender isso são irrelevantes.
Parte da nossa repulsa por grupos como Temple of Set é por conta do tipo de mentalidade desses grupos – que tentam fazer do Satanismo mais um tipo de religião, com “mandatos infernais”, ou um culto pessoal, com um “líder” idolatrado e endeusado. Nós sabemos que isso é a antítese do Satanismo – eles são, de fato, versões Nazarenas do “Satanismo”, assim como seu enervante chafurdamento no “horror”, morte, decadência, egoísmo e assim por diante, o que é frequentemente associado (falsamente) ao Satanismo.

No entanto, todas essas coisas tinham essa intenção mencionada no início. Existem outras razões por trás de outros materiais que foram publicados ou disponibilizados por nós. Uma delas foi oferecer para alguns indivíduos a chance de atingir o grau de Adepto sinistro/Satânico genuíno e além – para dar a eles uma oportunidade de começar e avançar ao longo do caminho, e para que eles não mudem apenas a si próprios mas, pela interação, mudar outros e a “sociedade” em si. Na realidade, para “presenciar” [ou “conduzir”] forças sinistras/Satânicas por meio desses indivíduos por causa das vidas/ações desses indivíduos. Isso foi feito porque nós consideramos que havia chegado a hora (considerado pelo o que chamamos de nossa estratégia aeonica) de haver mais Adeptos na nossa tradição sinistra – além dos poucos que existem até o momento e que sempre foram ensinados individualmente, de Mestre/Senhora para noviço. De fato, ao publicar todo o nosso material, damos a todos a oportunidade de se esforçar e alcançar o grau de Adepto e além. Certamente, poucos irão fazer isso porque o Caminho em si é difícil e perigoso – uma vez que é requerido de cada noviço executar feitos de escuridão no mundo real para que possam ir além das ilusões de "bem" e "mal" e então descobrirem esse equilíbrio dentro deles que é exclusivo de cada pessoa, e que os tornam parte de uma elite. E esse equilíbrio que é a essência do Adepto –  e ainda há vários estágios inclusive até após essa conquista. Naturalmente, alguns que tentam jamais alcançarão isso – eles podem acabar desistindo, derrotados pela sua fraqueza interna; ou podem se juntar a um outro grupo mais seguro (por ser fácil brincar de mago e pertencer a um grupo como o TOS); ou realmente serem esmagados por forças “sinistras”; ou ainda entrarem em conflito com as várias leis estúpidas do país onde residem, e assim por diante...              

Assim como eu, outros na ONA também atestaram várias vezes: nosso Caminho é muito simples. Não há mistificações, não há “ensinamentos”.  Só há um método que foi comprovado funcionar. Se algum indivíduo quiser testar – ótimo; se não quiser – ótimo também. Trata-se de uma escolha pessoal. De qualquer forma há uma mudança; há uma felicidade; há um “presenciar” das forças “sinistras” nesse planeta; há uma evolução, mesmo que seja lenta.
       
Em respeito as nossas políticas, e coisas similares, como “raça”. Esses são meios, para atingir ou conquistar certos objetivos, que são e podem ser úteis na história de um aeon (ou na criação de um novo aeon) e podem ser usados. O que importa nisso é que tem que haver uma Mudança contínua – a dialética em operação; uma força geracional e evolutiva. Isto é, o presenciar do que nós descrevemos como forças/energias “acausais”. [Em termos convencionais,  pode-se dizer – “Mantenha vivo o apoio ao Príncipe das Trevas]. Não há nenhuma “verdade” abstrata fora de um aeon específico – o que outros  consideram “fatos da história” (por exemplo, em relação a raça) para nós é fundamentalmente irrelevante. O que  importa é o mythos – criar um meio ou muitos meios para mover/motivar outros para que estes façam história, e então mudem a evolução. Nós estabelecemos vários objetivos, cuja conquista irá alterar a evolução, e mudar as coisas para sempre. Para alcançar esses objetivos, várias coisas devem ser feitas, e vários meios devem ser usados. Esse alguém, se deseja criar mudanças evolutivas em larga escala, deve ser prático, e não místico. Acreditar que alguém pode realizar tais mudanças, é bem diferente de realmente faze-las. Requer uma verdadeira sabedoria, um conhecimento  dessas forças/coisas que movem/mudam as pessoas, individualmente e em massa, e que criam/mudam sociedades, civilizações e os próprios aeon. De certa forma, isso tudo é sobre o que é ser um genuíno Mestre/Senhora  – podendo ser muitas vezes (e geralmente é) divertido.
 
Nossos objetivos são nossos. Não estamos preocupados com o passado – alegando que nós existimos há muito tempo, que várias pessoas históricas fizeram parte de nós, e que nós causamos grandes mudanças, ou que fomos responsáveis pela divulgação do conhecimento “esotérico”. Até onde sei, nenhuma pessoa famosa (ou mesmo infame) pertenceu a nós, assim como também não fomos responsáveis por mudanças /eventos históricos de grande escala. Somos apenas um número pequeno de indivíduos discretos, cuja maior parte trabalha de forma reclusa para alcançar o que agora entendemos como sendo o grau de Adepto, e além. O que realmente nos interessa é o futuro. Se eu estivesse inclinado a ser dramático (e eu raramente sou) diria que iremos ou podemos trilhar destinos reais no futuro pelo potencial dentro de alguns indivíduos para criar e fazer com que este destino real exista agora. – como uma consequência da evolução, da história, das civilizações que existiram antes. Certas possibilidades existem agora, pela primeira vez em nossa evolução como espécie. Se isso será realizado ou não, é outra questão – mas um dos nossos objetivos é tentar, e efetivamente fazer isso. A respeito disto, todos os outros grupos “satânicos” são irrelevantes, pois eles não sabem nenhuma dessas coisas e, portanto, não têm nenhuma visão sobre o que (ou quem) "Satan” realmente é.
         
O que tudo isso significa é que não usamos ideias, jargões, termos, "histórias", métodos ou o que quer que seja, de outros. Não há um ponto de referência para nós, no Caminho da Mão Esquerda, porque somos únicos e genuinamente independentes. Nós somos um todo coerente, que não pode ser comparado com nenhum outro grupo. Nossas ideias, métodos, jargões, termos, “história” e assim por diante se insinuarão no tecido desta sociedade e de outras sociedades. Na verdade, isso já está ocorrendo. Além disso, haverá mais singularidade – isto é, mais criatividade de dentro. Novos desenvolvimentos que também funcionarão, ocasionalmente de maneira bastante lenta (décadas, e ocasionalmente séculos), no "mainstream", produzindo assim mudanças, às vezes por conta da dialética adversária da mudança. Existe e existirá também um verdadeiro presenciar das energias criativas e acausais pelo próprio fato de nossa existência e desenvolvimento contínuos.

Notas:
¹ Temple Of Set [TOS]: Trad: Templo de Set: Organização religiosa do Caminho da Mão Esquerda.
² Church Of Satan: Trad: Igreja de Satã: Organização religiosa satânica.
³ Mythos: Conceito da psicologia analítica que define: “ O Mythos de uma sociedade proporciona um contexto que dá sentido a seu cotidiano; e dirige sua atenção para o eterno e o universal. Estando enraizado no inconsciente”. 

Tradução: Kaligula Runavigonark
Revisão: AShTarot Cognatus
Revisão do português: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi

- Ordem dos Nove Ângulos -

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Manipulação II



Manipulação II 
ONA 1990 ev



Um dos princípios fundamentais da Magia Negra é o elitismo: a crença que a maioria está abaixo dos iniciados em termos de compreensão, inteligência e habilidade. Isso fornece a base para manipulação - tanto no nível pessoal, quanto no mágicko. 

Geralmente, o novato em Magia Negra desdenha os outros - até e a menos que o seu valor seja demonstrado ou comprovado. No entanto, conforme explicado anteriormente (em Manipulação I), um novato experiente terá aprendido a sutileza da manipulação: raramente a confrontação direta como um modo de manipulação será usada (a menos que uma pessoa ou grupo mereça ser tratado dessa forma: ou caso essa abordagem seja magickamente necessária. Em vez disso, haverá a abordagem "fluindo com"- manipulação sem a pessoa ou pessoas estarem cientes disso. Muitas vezes, essa abordagem é "psicológica"; outras vezes pode ser psíquica (por exemplo, diretamente mágicka) - ou ainda através do carisma do magista que domina a personalidade da(s) pessoa(s) em questão. 

Seja como for, haverá uma arrogância com base na crença da própria superioridade - e, dessa forma, um isolamento. Pois o verdadeiro Magista Negro, é fundamentalmente um forte individualista que considera a sua própria companhia melhor que a dos outros - a menos que os outros possam ser úteis de alguma forma. Ou seja, não há nenhuma dependência de qualquer tipo, especialmente emocional, em relação a qualquer indivíduo ou indivíduos. Logicamente, é isso que o novato se esforça para alcançar. Não é possível alcançar isso rapidamente - ou somente pela "vontade". Pelo contrário, trata-se de um processo cumulativo - uma mudança alquímica, uma reorientação da personalidade, e tais mudanças levam tempo. 

No caminho sinistro septenário, essas mudanças ocorrem durante o estágio de Adepto Externo e são um prelúdio necessário para o Ritual de grau de Adepto Interno. Um dos aspectos mais importantes desta mudança é o que envolve a companhia - o envolvimento emocional inicial vai mudando gradualmente, deixando de ser uma dependência para se tornar uma parceria - um entendimento mutualmente evoluído; a paixão (sexual e emocional) que o novato possui transforma-se em maturidade. 

A arrogância do Magista Negro não é vazia: não é uma postura. Pelo contrário, ela surge de dentro: a partir do conhecimento e do discernimento que o próprio novato adquire de si-mesmo - ao ter tido êxito em ambos os sentidos, pessoal e mágicko. Através dos objetivos mágickos e práticos definidos para os novatos, eles desenvolvem a autoconfiança, o orgulho e a arrogância verdadeiramente satânicas. O  treinamento e a obtenção desses objetivos práticos geralmente levam o novato ao limite de resistência física e mental - e isso forma o caráter de uma maneira específica [ou derrota o novato, que desiste e deixa a auto-ilusão triunfar - “Eu não preciso de nada disso: isso é tudo ultrapassado ou não me serve; Eu já conquistei o suficiente... - ou ele abandona a busca mágicka e talvez, para mais tarde, tentar outro “método” (que seja mais fácil) ou encontrar outro “professor”].  

Inicialmente, essa arrogância é superficial e expressa por modos, atitudes e até mesmo na aparência. Mais tarde, quando o Adepto a alcança, ela torna-se oculta - exceto nos olhos e no carisma que caracterizam um Magista Negro. Muitas vezes, a manipulação inicial é externa - um complemento para a magia externa - posteriormente, ela se torna “interna” (relacionada aos objetivos internos do Adepto Externo) e mais tarde ainda, aeônica (atada às energias acausais e supra-pessoais). [qv. No Deofel Quartet há exemplos de vários tipos apropriados para Iniciados e Adeptos Externos.] 

Tradução: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi
Revisão: AShTarot Cognatus

- Ordem dos Nove Ângulos -

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Manipulação I - Temas sinistros

Manipulação I 
Temas sinistros 
ONA 1990 ev



           Trata-se de um fato na magia sinistra externa, a necessidade da manipulação. Há a manipulação de formas, imagens e energias mágickas, bem como uma manipulação direta e indireta de pessoas. 
          A manipulação de pessoas pode surgir de muitos fatores e ser realizada por muitos motivos. Inicialmente, ela é geralmente feita pelos Iniciados que desejam se deleitar com a sensação de que tal manipulação pode trazer, e que muitas vezes traz - uma sensação de poder e reforço do ego: ela cria um senso de autoidentidade e propósito, aumentando a “posição” do Satanista/Mago Negro. 

          Além disso, há o uso pelo Adepto Externo de diversos papéis - como um Sacerdote ou Sacerdotisa - que por sua natureza envolve determinadas porções de manipulação de terceiros, por exemplo, na execução de um Templo ou grupo. A experiência traz habilidade - uma aprendizagem através dos erros e, portanto, uma abordagem mais sutil. Em vez do confronto direto, há um "fluir com" outra(s) pessoa(s) e um hábil redirecionamento deles: ou seja, elas acreditam que estão agindo livremente, ao invés de estar sendo manipuladas. Após o estágio de Adepto Externo, pode haver o uso de tais habilidades conforme o wyrd do Adepto (consulte o Apêndice). 
           O que todos os níveis têm em comum é a aceitação da crença de que o Iniciado mágicko é superior ao não-Iniciado: que os outros podem ser usados para alcançar objetivos pessoais/mágickos. Logicamente, no início esse sentimento de superioridade pode ser infundado e mal colocado - por ser decorrente de uma simples arrogância e auto-ilusão. No entanto, se o Iniciado realmente aprende e segue o difícil caminho de magia interna, isso se tornará realidade, o Adepto Externo tendo adquirido a habilidade e começado o processo de desenvolvimento do caráter: que o distingue dos meros mortais. Além disso, determinadas habilidades serão desenvolvidas (algumas conectadas com o ‘Oculto’) e surge um  grande potencial - criando um novo indivíduo a partir do pré-Iniciado. 
       
          O pós-Iniciado perceberá a compreensão bastante limitada da maioria e a verá como sendo influenciada por todos os tipos de influências externas e inconscientes: em suma, compreenderá que essas pessoas não são realmente livres. Elas serão vistas como dirigidas e controladas de diversas formas por diferentes meios - por forças arquetípicas dentro de sua própria psique, direta ou indiretamente por terceiros e por ideias/formas/instituições/ideologias, bem como pelos diversos padrões de energias psíquicas assumidos (um deles é o éthos da cultura/civilização a qual pertencem).           
          Para o Iniciado sinistro isso será esclarecedor e muito útil, pois fornece oportunidades para experimentação e auto-aprendizagem, como por exemplo, administrar um Templo. 
          Não há nenhuma moralidade aqui - apenas o juízo de experiência: a maioria das pessoas não é conscientemente ou esotericamente bem desenvolvida. Na verdade, ainda é bastante primitiva. O iniciado assume uma visão desapaixonada - ainda que haverá vezes em que o seu envolvimento direto irá levá-lo ao comprometimento/envolvimento emocional, conduzindo a um auto-aprendizado a partir dessa(s) experiências, como deve ser no progresso do Iniciado em relação aos outros Graus. No entanto, inicialmente, os outros são vistos como meios. 

          Gradualmente, há um distanciamento - do envolvimento pessoal e direto para um mais indireto e mágicko: uma internalização. Isso traz a consciência da psique do próprio Iniciado e, assim, a real compreensão. Pode haver, e na maior parte ainda há, a manipulação de terceiros - mas isso evolui do aleatório para o direcionado, centrado no que o Iniciado acredita como sendo seu próprio destino em termos mágickos. O mesmo se aplica na manipulação de energias mágickas - há primeiro uma evolução do tipo externa não-direcionada (que muitas vezes surge a partir do inconsciente - ou seja, que não foi compreendida conscientemente) para o tipo interna como um processo da magia interna, e então novamente para o tipo externa em uma forma direcionada, a direção surge a partir dos objetivos mágickos estabelecidos para aqueles envolvidos no percorrimento do caminho sinistro. Em suma, há uma consciência desse equilíbrio que também é muito importante para um Adepto genuíno. 
          Esse equilíbrio - para um Adepto Externo - é expresso na compreensão, a partir da experiência [ou seja, não "de aprendizado em livros"], de que magia como uma forma direcionada nem sempre é causal quando usado para assistir o indivíduo externamente (e, às vezes, internamente) - ou seja, envolve outros fatores que o indivíduo, no momento do trabalho/ritual, pode não estar ciente ou no controle. Resumidamente, a ilusão de ter alcançado o controle/domínio de todas as formas mágickas através de técnicas, é perdida. Um dos fatores envolvidos é o wyrd do indivíduo; outro é o wyrd do Aeon; e ainda outro - e talvez o mais importante para a compreensão do indivíduo, é a natureza da própria magia: ninguém que não tenha transcendido o abismo pode direcionar ou controlar de uma forma causal todas as formas divergentes de qualquer energia mágicka assumida no causal. No entanto, muitas vezes a maioria das divergências passam desapercebidas quando a “magia prática” é executada, pois a escala de tempo dessas divergências não é o mesmo que o dos efeitos ou de quando é notado pelos Iniciados/Adeptos Externos e na maioria das vezes é o que considerado “sucesso/fracasso” do trabalho. Algumas dessas divergências não representam, ou podem não representar, nenhuma consequência para o indivíduo que conduziu o trabalho - ou seja, podem não produzir efeitos externos discerníveis - e mesmo no caso de representarem alguma consequência, o Iniciado/Adepto Externo as ignoras ou as toma como outras formas temporárias. O reconhecimento ou sensibilidade dessas divergências inicia o processo que conduz o Adepto de Externo para Interno: novamente, a experiência prática é o mestre. Deve ser óbvio que a consequência (seja percebida ou não) é efeito dessas mudanças acausais sobre o indivíduo devido ao a) wyrd desse indivíduo e/ou b) wyrd do Aeon. 

          Essa é a curva de aprendizado que os trabalhos mágickos transmitem. Em um sentido, cada Ritual de Grau e as experiências associadas transmitem mais habilidade para apreender e assim controlar as manifestações causais - proporcionam mais habilidade na manipulação mágicka e de pessoas (há um estágio onde os dois são vistos como sendo a mesma coisa), bem como traz a consciência de efeitos causais além da escala de tempo do trabalho e seus desejos/resultados. 
          
          A compreensão dos limites (bem, alguns deles!) ocorre frequentemente após o rito dos Nove Ângulos solitário de um Adepto Externo - primeiramente, intuitivamente, e depois de forma mais consciente. Isso inicia o processo de consolidação e leva a promoção de uma auto-percepção, retorno da auto-ilusão, ou rejeição da mágicka e da busca. Por isso, em essência, o rito solitário é uma amostra do caos do abismo - a energia acausal não-direcionada, os efeitos [ou seja, que resultam do presenciamento no causal [”na terra”]) que em sua maioria são imprevistos e muitas vezes indesejados, o ritual em si tão bem estruturado (ou melhor, não-estruturado) que pouca ou nenhuma direção é dada à essas energias - elas fluem e se apresentam de acordo com sua natureza, com o indivíduo sendo um canal. [Observação: isso é o que acontece em uma extensão maior ou menor nos trabalhos externos de um Iniciado/Adepto Externo, que são o ‘componente acausal’ do trabalho.] Assim, o wyrd do indivíduo em alguma extensão direciona e/ou interrompe o fluxo, produzindo determinadas alterações no causal. A natureza dessas mudanças depende desse wyrd. 
          A essência da mágicka - e portanto, da manipulação sinistra - é vislumbrada e aprendida em maior parte pela primeira vez. Isso permite que ambos os componentes causais e acausais das energias acessadas através de um trabalho mágico sejam controlados e manipulados e assim, presenciados no causal, e é isso que caracteriza o Adepto genuíno: o Adepto interno possui a compreensão, e o Mestre/Mestra pode tornar essa compreensão real. 

Tradução: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi
Revisão: AShTarot Cognatus

- Ordem dos Nove Ângulos -

sábado, 9 de setembro de 2017

Anotações sobre o estudo e prática no Satanismo Moderno


No Satanismo tradicional, espera-se que o novato não apenas estude as suas doutrinas e tradições, mas também as pratique em sua vida. Assim, um recém-iniciado Satânico - seja trabalhando sozinho ou como um membro de uma Ordem/Templo estabelecido - deve estudar essas obras e se esforçar para aplicar os princípios nelas contidos e conforme descritos.

As obras são: O Livro Negro de Satan; Naos; Hostia - Vols. I, II, III; Hysteron Proteron.

'Naos' deve ser usado como um guia para trabalhos herméticos práticos, tanto internos quanto externos. O 'Livro Negro' deve ser usado como um guia para formar e executar um Templo Satânico com o propósito de magia cerimonial. 'Hostia' e 'Hysteron Proteron' deve fornecer uma percepção sobre as crenças e tradições Satânicas. Além disso, as imagens do Tarot Sinistro devem ser empregadas (por exemplo, em alguns dos trabalhos contidos no 'Naos'), e o 'Deofel Quartet' deve ser lido para fornecer uma compreensão adicional, juntamente com o Livro Negro II e III.

A prática satânica no mundo real deve surgir a partir da a) formação e execução de um Templo Satânico; e b) do acometimento de Papéis de Insight e de outras tarefas Satânicas. Além de um Papel de Insight específico, que o novato deve escolher, ele deve assumir diversos desafios físicos necessários [ver o MS 'O grau de Adepto - seu verdadeiro significado', por exemplo] e se esforçar para aumentar sua experiência através da vivência satânica de uma forma que ajude a dialética sinistra. Ele poderá compreender o que essas experiências representaram, após estudar os trabalhos mencionados e após realizar as tarefas, provas etc., até o grau de Adepto Externo, [qv.'Naos', e os diversos guias MSS para o Caminho Septenário] como por exemplo, executar um Templo por alguns meses, e alcançar os objetivos físicos.

Uma das tarefas pode ser planejar e realizar um abate. Outra pode ser ajudar formas herméticas, por exemplo, envolver-se com um grupo extremista que busca a destruição do 'Sistema' e cujos princípios e objetivos estão de acordo com o ethos Satânico e cujas ações ajudam a dialética sinistra. [Obviamente, ambas devem ser combinadas.] Outra forma, pode ser minar as estruturas presentes, fomentando o seu declínio, por exemplo, traficando drogas. Outra pode ser retirar de forma prática regular, a escória e os inúteis - por exemplo, através de ação vigilante [esse é um abate realizado regularmente, em vez de algo ‘único].

O que importa nessas tarefas é o novato escolhê-las para ganhar experiência prática no Satanismo e aumentar sua compreensão, de forma a ajudar o seu desenvolvimento esotérico. Naturalmente, para serem qualificadas como ações Satânicas, elas devem ajudar a dialética sinistra - ser etapas rumo a realização do objetivo estratégico do Satanismo. Aqui, uma compreensão de Aeonicos é essencial, bem como uma verdadeira percepção do Satanismo tradicional: conforme explicado em Hostia I, II e III e também para os prováveis novatos no livreto 'Satanismo: Uma Introdução Básica Para Perspectivos Aderentes'.

A escolha da ação concreta é do novato: ele deve usar sua compreensão para escolher as tarefas Satânicas. Ocasionalmente, ele pode receber conselhos de um Satanista mais experiente, mas suas escolhas finais devem ser próprias. O que importa é escolher e agir. Os atos são experiências de aprendizado, provas, e não importa se por falta de compreensão, ele escolher, ou parecer ter escolhido errado. Ele certamente aprenderá algo com isso, ou não. Caso não aprenda, ele basicamente falhou - mostrando não ser adequado. Independentemente disso, sua ações terão presenciado o sinistro de uma maneira ou de outra.

Ao seguir essas tarefas - que devem duram alguns anos - o novato pode partir para o próximo estágio do seu desenvolvimento esotérico, que é o Ritual de Grau de Adepto Interno. Esse é um rito de síntese, trata-se do surgimento do Adepto.  

Tradução Yogamaya Purnamasi Devi Dasi
Revisão AShTarot Cognatus

- Ordem dos Nove Ângulos -

terça-feira, 5 de setembro de 2017

A Moralidade do Satanismo



A essência da moralidade satânica – na medida em que o individuo Satanista é interessado – pode ser simplesmente expressa: um Satanista faz uma avaliação dos outros, julgando-os, e então decide se esses outros, em uma base individual, são vitimas adequadas. Se elas são adequadas, como vitimas, então o Satanista atua de acordo – e.g. manipulando-as, usando elas e outros. O julgamento é baseado no caráter – i.e. a pessoa que está sendo julgada possui um caráter fraco? Eles são escória, indignos? Se eles são julgados serem, pelo individuo Satanista, então eles são indivíduos adequados.
É uma das metas do treinamento Satânico cultivar julgamento Satânico em um nível individual. Entretanto, deve ser notado que há duas formas de julgamento Satânico – o pessoal, e o aeonico. O aeonico é um refinamento do pessoal, a pessoa sendo julgada não somente por seu caráter mas também por aeonicas, em termos de sua utilidade no alcance de metas sinistras de acordo com a dialética sinistra da história. Esse MS trata-se do tipo pessoal de julgamento – outros MSS tratam do segundo tipo.

O cultivo de julgamento Satânico – a avaliação de outros – é uma qualidade essencial, e uma que o Adepto Satânico deve possuir. Esse cultivo é basicamente uma experiência de aprendizagem – às vezes, o noviço comete um erro, mas aprende com isso. Uma vez que um julgamento for feito a respeito de outra pessoa ou pessoas (e com experiência, isso se torna instintivo) o Satanista pode atuar implacavelmente, se ação é necessária ou requerida – e.g. para alcançar um objetivo pessoal ou ajudar a dialética. O ato ou atos podem e envolvem o que outros [a fraca maioria] consideram atos imorais e/ou ruim.

Alguns relatos de caso dos arquivos secretos dos membros ilustrarão melhor a moralidade Satânica, ainda que deva ser lembrado que esses (com uma exceção) representam o estagio de noviço de desenvolvimento Satânico. Como tal, eles representam primariamente uma experiência de aprendizado para o noviço Satânico em particular envolvido, ainda que tais ações frequentemente ajudem o sinistro em geral (como no primeiro exemplo).

(a) Um homem jovem deseja experimentar alguns dos prazeres da vida e então procura dinheiro para capacitá-lo para alcançar isso. Ele decide se envolver com o que é chamado ‘tráfico de drogas’ – suprindo várias drogas para outros. Ele julga, muito corretamente a partir de um ponto de vista Satânico, que aqueles que usam tais coisas ou necessitam de tais coisas porquê são viciados, são fracos – eles fizeram sua escolha. Eles são vitimas naturais da vida, e mostram por sua própria escolha e ações que eles são basicamente indignos. Nosso jovem noviço julga que se os usuários de drogas não tem a força de caráter para resistir de usar tais coisas, ou seja, se eles se tornam viciados, eles são fracassados – uma avaliação Satânica muito óbvia.

Consequentemente, ele faz contatos e após um tempo tem um negócio muito lucrativo. Assim, ele está hábil para indulgência na maioria dos prazeres da vida e levar adiante sua educação Satânica. Naturalmente, como um Satanista, ele é astuto e cuidadoso em seu negócio – é somente um meio para um fim. Além disso, ele está ciente que ajudando certas coisas, ele está promovendo o sinistro em geral – ajudando a dialética selecionando, e enfraquecendo a sociedade e talvez criando oposição e assim mudança criativa.

(b) Uma jovem noviça, recentemente mudou para uma nova cidade, encontra sua qualidade de vida destruída por vizinhos grosseiros e barulhentos. Ela os taxa como escória. Sua primeira ação é tentar falar com eles – mas esse é um gesto que ela sabe que é provavelmente inútil. Ele é, mas ele condena seus vizinhos. Ela os ataca com magia – querendo causar doença, ruptura, talvez uma morte. Isso tem algum efeito, mas não soluciona o problema [como acontece frequentemente na vida real quando noviços utilizam-se de magia]. Então ela decide por uma ação mais drástica. Ela procura um parceiro conveniente, que ela atrai com sua malicia Satânica e usando sua sexualidade. Esse homem uma verdadeira pessoa desprezível e tem alguns amigos levemente menos desprezíveis. Nossa noviça é cuidadosa para não deixar seus vizinhos saberem de seu envolvimento – seu novo parceiro e amigos importunam seus inimigos continuamente, usando suas próprias táticas. Há algumas lutas, uns poucos ‘acidentes’ com a casa, com os carros do lado de fora, e outros. Não demorou muito para que seus inimigos decidam que tem tido o bastante e se mudam (um deles foi hospitalizado). 

Essencialmente, a noviça controlou a situação, de inicio – ela usou e controlou outros, por meios Satânicos, para alcançar sua meta após fazer julgamentos.

(c) Um homem chegando a meia-idade, iniciado a um ano, conduz um pequeno negócio. Ele quer alcançar mais sucesso. Há uma firma rival – o proprietário é um típico homem de negócio arrogante, sem caráter que está tentando provocar o noviço e passar por cima do seu negócio. Então nosso noviço decide atuar – ele taxa seu rival como uma vitima adequada. Essa avaliação também inclui a esposa e a jovem filha do homem, os quais nosso noviço julga serem desagradáveis, tendo experiência dos seus modos. Todos foram julgados e condenados por suas ações. 

Nosso noviço seduz a esposa do rival – e então sua filha, usando varias habilidades Satânicas e astúcias para alcançar isso. Ele então apresenta a filha para algumas pessoas, que mexem com drogas e prostituição – ela parece maliciosa o suficiente, e está logo envolvida com a ‘turma’, usando drogas e geralmente se comportando mal. Fotografias comprometedoras são tiradas e ela se vicia em drogas. Ela começa a roubar para pagar por seus hábitos, e então prostituição. Ela é presa. Isso distrai o pai dela. Nosso noviço infiltra algumas pessoas na firma de seu rival e eles criam alguma desordem – perdendo arquivos, perdendo alguns negócios, arruinando o quadro de funcionários. A esposa do seu rival é apresentada para outro homem, aparentemente romântico, e ela se rende ao seu encanto. Eles têm um breve caso. Mas ele a despreza [isso é tudo planejado pelo nosso noviço]. Ela começa a beber e tenta cometer suicídio.

Tudo isso se prova muito para o rival – seu negócio declina. Nosso noviço faz uma oferta, que é aceita. Então seu objetivo foi alcançado, por algum custo humano. Mas isso não causa abalo em nosso noviço – as vitimas foram vitimas de si mesmos, de suas próprias fraquezas.

(d) Uma Senhora da Terra que conduz um Templo de sucesso por muitos anos, deseja um opfer. Há um candidato a Iniciação que ela sente que pode ser adequado – ele tem certos desejos que ele acha difícil de controlar, e mais propriamente um caráter fraco. Ela arranja para ele encontrar algumas pessoas envolvidas em distribuição de pornografia. Logo, ele está profundamente envolvido em certas coisas, de sua própria livre escolha. Ela dá a ele varias chances para fazer alguma coisa por causa de si mesmo, mas ele não as aproveita. Ela arranja vários testes para provar seu caráter – e ele falha em todos. Ela o avisa, mas ele finalmente rompe com ela e o Templo dela, cheio de auto-ilusão sobre suas habilidades. Assim, ele se torna um opfer em potencial...

Todos os exemplos (na maioria triviais) ilustram moralidade Satânica em ação em nível individual – i.e. eles tem relação com julgamento e com o Satanista atuando sob esse julgamento para alcançar algum objetivo pratico que eles desejam. Isso é um aprendizado, uma expressão das forças sombrias presenciadas na Terra por atos Satânicos individuais, e assim a feitura, ou destruição, de noviços Satânicos e disso a criação de Adeptos Satânicos.

As ilustrações devem servir para mostrar que tal moralidade é individual, é única para o individuo Satanista.

Tradução por Diabolus Shugara
Revisado por AShTarot Cognatus

- Ordem dos Nove Ângulos -

Canto da Esfera: Agios Lucifer

Esfera de Mercúrio
[Nota: Repetir cinco vezes.]