“Como assim seu patife? Você sabe quem é! Fale-me você quem é o macaco!”
“Hanuman! Hanuman! Hanuman!”
Com esta declaração de sua resposta, o jovem menino retorce seu rosto (expressando alguma emoção obscura que somente aqueles muito novos podem entender de verdade), aperta o tecido brilhante do sari de sua mãe mais e corre rapidamente para fora do sofá, pelo corredor – e para fora da porta.
Por um breve momento entre a ação da porta sendo aberta e então batendo para fechar novamente, os sons vindos de fora emanaram de maneira fluida pela casa...
As
crianças rindo, o som de brahmacharis (monges)
trabalhando com suas motosserras ao redor do novo mandir (templo) de Srila Vishnupada,
e o soar da concha anunciando o inicio do arati da noite (cerimônia de adoração)
no templo reunindo a todos em um coro unificado e singular.
E
então, a porta fecha, bloqueando todas as atividades além dos perímetros da
casa, todas essas emanações cessaram de maneira brusca. No lugar disso entra o
silencio inebriante e aquático da noite que era dolorosamente familiar ao
menino da mãe, que era chamava Kaitlyn; mas que agora era chamada mais de “Mãe
Yashoda” desde sua iniciação como discípula de Srila Vishnupada vários anos
atrás.
Yashoda
olha para a ilustração que ela e seu filho estavam examinando. No desenho,
Hanuman (o devoto da Suprema Personalidade de Deus com rosto de macaco) ajoelhado
no meio de uma floresta noturna etérea, suas mãos prostradas em respeitosas
reverencias diante do Senhor Ramachandra. A estranha beleza da pele verde do
Senhor Rama é quase que intoxicante. É essa mesma atração que a trouxe ao
movimento há muitos anos atrás, quando ela era ainda somente uma estudante de
faculdade do centro-oeste tentando duramente se adaptar à Mile-High City (Denver). Nesse período de tempo, Srila Vishnupada ainda não tinha se
tornado Stryadhisa Maharaja – mas era simplesmente Stryadhisa dasa, um brahmachari
com vários anos de experiência na vida de ashram (monastério).
Kaitlyn
estava em Denver somente por pouco mais de seis meses quando ela encontrou os devotos
pela primeira vez. Ela deixou sua casa imediatamente depois do colegial – se
despedindo do que ela via como sendo sua cidade-pequena e seus pais de
mentalidade fechada – mórmons fundamentalistas estritos, colonizando a terra
austera “com militância, para Jesus” (uma frase que foi cauterizada em sua
mente em mais de uma ocasião durante as “conversas disciplinadoras” de seus
pais com ela e sua irmã.)
Sua
criação somente serviu para pavimentar ainda mais sua tendência rebelde inata
para qualquer autoridade. Ela, diferente dos contemporâneos freqüentando a
universidade, não estava interessada em “lutar contra o sistema” através do que
ela via como uma miríade de perfeitamente irrelevantes “reuniões de interesse
do campus”.
Ela
estava consciente dos seus próprios poderes de manipulação e, embora praticasse
em arenas pequenas e insignificantes (pelo menos no começo), ela já havia
testado suas habilidades em cada oportunidade que aparecia.
Mãe
Yashoda sorri para si mesma, se lembrando desses primeiros dias durante sua
conversão. O templo que ela fazia serviço era relativamente liberal (em
comparação com alguns) e a ela foi proporcionada a oportunidade de se esgueirar
com Stryadhisa para conversar um pouco durante seus grupos de sankirtan (canto
congregacional).
Uma bhaktin
(devota não iniciada) solteira e um sênior brahmachari (ou qualquer brahmachari!)
poderem ter qualquer tipo de conversa particular, é algo que não se ouvia falar
nem mesmo em um templo ´liberal` - mas tal como era, as autoridades do templo
não sondavam profundamente os assuntos de Stryadhisa Brahmachari ou Bhaktin Kaitlyn;
e por uma boa razão. Ambos Stryadhisa e Kaitlyn eram inigualáveis no reino da
distribuição de livros do grupo de Sankirtan. Eles receberam fama nos relatos
da BBT (editora Hare Krishna) e a sua reputação no templo (sem mencionar suas
finanças) aumentavam grandemente pelo feito desses dois jovens e ambiciosos
devotos.
Quando
em sankirtan espalhando a misericórdia de Krishna, Stryadhisa abordava os
karmis (materialistas) com a perícia de um especialista; cegando-os com sua refulgência
intelectual. As vezes, os karmis que pareciam particularmente hostis no começo
iriam ser vistos minutos mais tarde andando de Stryadhisa com uma expressão de
espanto – carregando um conjunto de livros caros e de capa dura em suas mãos. Essas travessuras pitorescas de sankirtan eram,
geralmente recontadas pelos devotos ao redor de copos de leite quente
adocicados com açúcar e puris a noite, logo começaram o rumor de Stryadhisa Brahmachari
ser abençoado com “misteriosos poderes de persuasão”.
O
sucesso de Bhaktin Kaitlyn em encher os cofres do templo foi um pouco diferente
ainda que pouco mencionado oficialmente em um movimento onde “eu não sou esse
corpo” é freqüentemente frisado como uma máxima oficial.
Kaitlyn
era de uma beleza atlética e ágil – com cabelos loiros nórdicos, longas pernas
e curvas em todos os lugares corretos. Combine esses atributos admiráveis com o
vestuário exótico do sari, jóia do nariz, pulseiras e alguns dos ricos homens
de negócios do centro da cidade de Denver iriam parar qualquer coisa para gastar
outros vinte e cinco dólares por algum livro sagrado Védico em troca de um
pouco mais de sua presença.
Desde
cedo, Stryadhisa e Kaitlyn eram “o time dos sonhos” – eles eram o tipo de
devotos que outros devotos eram encorajados a imitar. Eles levavam o templo às
alturas com seu mundanismo sagaz combinado com o que parecia um entusiasmo
limitado pelos aspectos esotéricos do serviço devocional.
Se
não fosse abençoada com o néctar da associação intima de Srila Vishnupada obtida
antes, pensava Yashoda, ela não teria permanecido na Sociedade.
Através
de estimulantes monólogos em vários tópicos, Vishnupada levou suas percepções
do Gaudiya Vaishnavismo além dos padrões da fé e ofereceu a Yashoda uma forma
de seguir o caminho de Volta ao Supremo de uma outra maneira.
Ela
aprendeu a andar no fio da navalha entre rendição total as forças de Radha-Krishna
e uma determinação implacável para ascender no causal e acausal. Estes
pensamentos de Yashoda foram repentinamente interrompidos, quando Parashurama Dasa
entrou.
“Hare
Krishna, Parashurama Prabhu!”
“Haribol,
Mãe Yashoda!”
“Como
está indo o trabalho na nova casa de Srila Vishnupada, prabhu?”
“Ótimo!
Simplesmente fantástico! O design tetraédrico da construção é
maravilhoso... e
os afrescos de reprodução das imagens do Senhor Nrishimha e Senhor Kalki
de Jadurani Devi Dasi nas paredes no interior! Ual! Srila Vishnupada
deve ser muito querido ao Senhor
Krishna, é tal raro de encontrar uma alma liberada como ele!”
O
rosto de Parashurama estava saturado de suor e as veias desse homem musculoso
trabalhador estavam proeminente inchadas. O aposento estava repleto com as
emoções elétricas do fanático.
Uma
catarata fantasma passou pelos olhos de Mãe Yashoda – ela foi devagar ao
responder.
“Sim,
prabhu... nós fomos muito afortunados de ter Srila Vishnupada como nosso mestre
espiritual...”
O
rosto de Parashurama ficou branco em pensamento, por um breve momento, antes de
ele começar a mover de maneira inquieta suas contas de japa.
Ele
não pode deixar de notar como Mãe Yashoda, que deve estar beirando os quarenta
não aparentava nem um dia acima de dezesseis.
“Uh...
Mãe... eu só queria deixar alguma papelada que o secretário de Srila Vishnupada
enviou a você.”
“Obrigado,
prabhu”.
Parashurama
sorriu amplamente, feliz de ter executado um serviço importante e animado de
estar em tal proximidade a Yashoda.
“Mãe
Yashoda... eu vi Kalki Prabhu lá fora perto da floresta com os outros garotos
jovens... ele é um líder!”
Yashoda olha de sua posição sentada e agarra o braço de Parashurama, e apertando de maneira afetuosa por um momento, e depois soltando.
“Haribol, prabhu”.
“Haribol, Mãe Yashoda”.
Mãe Yashoda olha para a parede, para o espalhafatoso calendário devocional de Bombaim que está pendurado lá.
Faltava somente nove dias para o dia vinte de abril e esse era o aniversário de Kalki. Ela e seu guru maharaja e alguns poucos outros de confiança. Iriam ao sul para celebrar, entre velhos amigos...
Pós-escrito:
1.) Stryadhisa
dasa Goswami Maharaja - ´Srila Vishnupada´ foi um dos devotos mais rápidos ao
atingir o status de guru iniciador depois de tomar sannyasa. Um sanyassi
somente pode se tornar um mestre espiritual depois do seu próprio mestre
espiritual “voltar ao Supremo”. O mestre espiritual de Srila Vishnupada
desapareceu misteriosamente depois de chegar à Rússia em uma viagem
missionária. Vários dias após seu desaparecimento, Swami Vishnupada foi
descoberto com um tiro na cabeça, perto da região de Volga. Suspeitou-se de uma
seita obscura dos Khlysty, mas ninguém foi preso.
2.) Kalki
dasa (filho de Kaitlyn Katrina Kopp a.k.a. `Yashoda´ - pai desconhecido) foi
concebido em Agosto de “___” quando sua mãe foi impregnado durante uma
re-encenação clandestina de dança conjugal de Shri Krishna e de Seus
passatempos com as gopis principais, em um local não divulgado em algum lugar
entre a Carolina do Norte e Georgia. Dança do crepúsculo – homem pintado de
azul.
3.)
Uma versão do rito dos Nove Ângulos executado na mesma noite de Agosto de
“___”yf. Após nove meses, “Kalki dasa” nasceu de Katrina Kopp. Seu aniversário
é dia 20 de abril. Referencia ONA MS. ´Palavras de Vermiel.´
4.) Srila Vishnupada é um agente da TOB e é o Falcifer.5.) Yashoda é Azanigin.
6.) Kalki é Vindex.
7.) Yashoda está se alimentando vampiricamente de Parashurama durante a conversa. (nota “drenando” seguido por uma “chuva de misericórdia” – Yashoda é uma vampira avançada i.e. “morto vivo ambulante.”
VELTON VINDEX
Tempel ov Blood
115yf eh
Retirado de “Contos de Influencia Sinistra (Tales of Sinister Influence)"
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