quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Cante para abrir um Portal Estelar


- Ordem dos Nove Ângulos -

Tradição Esotérica - Synistry


Tradição Esotérica - Synistry

Deuses obscuros:
Eles são entidades 'vivas' que existem em um espaço-tempo acausal. Eles podem ser comparados a "anti-matéria" em oposição a "matéria" que existe em nosso espaço-tempo causal - dessa forma, sua intrusão no causal, é perturbadora. Esta perturbação é primariamente psíquica, pois a psique de um indivíduo pela sua natureza interfere ou é uma parte do acausal. As entidades podem assumir formas físicas, mas apenas brevemente ~ e apenas quando um nexion é totalmente aberto. E onde o causal e acausal se cruzam na Terra.*
Os Deuses obscuros não possuem 'Formas' como entendido causalmente, pois uma forma física é uma coisa causal, e eles estão além do causal. Também não possuem 'sentimentos' etc., conforme entendemos esses termos. Eles estão no ápice até mesmo da compreensão de um Adepto [em termos de compreendê-los].
Eles podem atuar [ou seja, ter efeitos no causal] através de indivíduos capazes de acessá-los - ou 'Presenciá-los’.
Deve ser entendido que os Deuses obscuros não são 'o acausal' em si. Eles existem em uma parte [ou um reino] do acausal - ou seja, eles existem, têm vida ou são de acordo com a natureza do acausal. O acausal está ‘além do tempo causal' e não possui uma geometria espacial 3D. Outros seres provavelmente existem em outras dimensões acausais - mas não há nenhum conhecimento a respeito deles.
Quando um iniciado acessa o acausal - aumenta o aspecto acausal da sua consciência - eles estão estendendo o alcance do seu ser: ou seja, em constante evolução, criando novos aspectos da consciência. Este é um dos objetivos do caminho septenário - e de toda magia real. Parte disto, pode envolver confronto com alguns dos ‘Deuses obscuros'.
Em termos convencionais, Deuses obscuros são maus, sinistros.
 
* Como 'centros mágicos' associados com um Aeon - ou a descoberta de tais lugares. É possível criar um lugar - e este é um significado de tais rituais como a cerimônia de recordação com conclusão sacrificial.


O Aeon ocidental:
Em relação aos Adeptos da tradição sinistra, existem apenas duas opções realistas: a criação de um Imperium [o cumprimento do wyrd Ocidental através de uma via prática], ou o rompimento de formas existentes com o objetivo de minar e destruir a influência Nazarena/ Magian, levando ao caos do qual irá emergir um Novo Aeon, um Aeon satânico. Este último envolve a 'poda' de elementos supérfluos em grande escala - a criação de uma elite capaz de tornar o Aeon uma realidade.
O primeiro envolve a criação/ajuda de uma forma prática - e o presenciamento de energia mágica nele. Envolve também a criação de certas condições psíquicas - dentro e externa aos indivíduos. Um pouco disto é diretamente mágico, envolvendo energia mágica acessada via rituais etc.; parte disso fornecendo/criando/ tornando disponíveis as informações e formas do sinistro. A forma prática é diretamente política, ou 'religiosa'.
Ambas envolvem uma divulgação mais ampla da tradição sinistra e criação de novas formas para as suas energias.

 
Tradições e novas formas:
Como mencionado em outro lugar, manter a tradição (como explicado em obras como o Livro Negro de Satã, Naos, o Quarteto Deofel e Hostia) e torná-la mais amplamente disponível, é importante - e até mesmo indispensável. Isso ocorre porque o uso da tradição, no todo ou em parte [por exemplo, rituais do Livro Negro] por outros fora dela sendo arrastados para a tradição, torna os outros 'canais' para a energia sinistra que a tradição representa. Ou seja, eles 'presenciam' as energias sinistras de uma forma precisa e particular, e assim cumprem com a estratégia sinistra. A tradição tomou essa forma atual [como explicado em vários livros e MSS para alcançar isto (bem como outras coisas).
No entanto, a criação de novas formas é importante, e de fato vital - deve haver uma evolução contínua. Estas formas acessarão o sinistro, e o presenciarão - A própria tradição servindo como uma Forma - tanto para os indivíduos quanto aeonicamente: permitindo a realização individual do estágio de Adepto, bem como o cumprimento da dialética sinistra da história. E assim continuará pelos próximos séculos - até que o novo Aeon se torne uma realidade. Ou seja, seus métodos e técnicas não devem ser alterados (pelo menos não intencionalmente por aqueles da tradição nas próximas décadas) ou 'substituídos' - como uma maneira de criar Adeptos etc. Isto não é uma questão de 'dogma', mas um pouco de estratégia, como mencionado acima. É vital que isto e as razões para e além disso sejam compreendidas por aqueles da tradição. As formas externas [tais como surgem antes e durante o Aeon] só surgirão a partir de uma coerência inicial de energias mágicas e intenções - e é e será a forma imutável do 'Caminho' [técnicas, rituais etc.] que permitirá isso. As novas formas criadas/evoluídas serão adicionadas ao invés de minarem as já existentes. Algo fora disso, são simplesmente indivíduos brincando de magia (e particularmente, brincando de Aeônica) sem alcançarem nada e, na verdade, sem entenderem o que estão fazendo.

 
Iniciação e além:
A busca de um indivíduo só pode ser e sempre será individual; ou seja, única. A busca, possibilitada e auxiliada pela tradição, desenvolve o indivíduo, permitindo que o wyrd individual seja compreendido e vivido. Ela também possibilita a imortalidade (qv. existência Acausal - o segredo revelado).
Após um certo nível, os iniciados guiam a si mesmos - aprendendo com suas próprias experiências de vida. Ou seja, adquiriram auto-conhecimento e honestidade suficientes para poderem fazer isto. Após esse estágio ser alcançado [no final do estágio de Adepto externo para alguns; durante e após Adepto interno para outros] deve haver ainda uma busca pelo objetivo final - esforçando-se para o Abismo e além, embora esse 'esforço' seja mais equilibrado do que o anterior. Isso não significa que os indivíduos tornaram-se ou desenvolveram suas próprias maneiras de alcançar esse objetivo, ou seja, sem passar pelos rituais do grau de Adepto interno e além, de acordo com a tradição, pois eles acreditam que não são necessários ou que eles possuem ou podem criar (d) outros meios. Ao fazerem isso, eles não alcançarão o objetivo específico do caminho sinistro - mas sim algo totalmente diferente, ou nada. As razões para isso devem ser óbvias a partir do que foi citado acima (Tradições...).

 
O objetivo:

Sabedoria. E o seu viver, possibilitando a última fase (no acausal...). Isto significa autoconhecimento e entendimento suprapessoal. Uma compreensão do mundo e suas formas como elas são, um saber racional: e o que é necessário para a mudança, aeônica ou outra. Este conhecimento é às vezes triste, e muitas vezes, nasce a partir de provações e de vivência no Abismo. Ele nunca confere riqueza nem privilégio, e raramente está impregnado com 'felicidade'. Ele está além das palavras, mas às vezes pode ser transmutado em uma, permitindo que alguns outros compreendam apenas uma parte da sua essência. Este objetivo leva tempo causal - geralmente c. 20 anos desde a iniciação (se o caminho for seguido) - e está além do Abismo. É o equilíbrio, além dos opostos; uma nova forma de ser. 

Tradução: AShTarot Cognatus 
Revisão: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi
  


- Ordem dos Nove Ângulos -

sábado, 27 de janeiro de 2018

Tradição Sinistra - Notas VI



Albion:
          Segundo a tradição, a cultura Hiperbórea de Albion, o lar original de Apolo, floresceu entre 7.000-5.500 BP. Dentre as mais notáveis invenções/descobertas atribuídas pela tradição esotérica a esta cultura está a roda, os elementos da astronomia, a semeadura regular e seu cultivo (agricultura) e o começo da filosofia, sendo este último, a província dos primeiros reais sábios e sábias - os primeiros magistas, cujos descendentes se tornaram, mais tarde, os druidas. 
          Esta cultura, cuja civilização realmente dependia da tradição oral, era altamente organizada - a arqueologia só agora está começando a reconhecer a sua existência através de tais achados como a Faixa Doce, a Faixa de Walton, a importância astronômica do Stonehenge e a realização que a Grã-Bretanha antes da época de Julius Caesar não era uma sociedade tribal e selvagem, mas sim agrícola e altamente eficiente, produzindo um rendimento de cerca de 2 toneladas por acre [Nota do Tradutor: 1 acre tem 4 046.85642 m2] de cereais e sustentando uma população de quase 4 milhões (esta foi provavelmente a razão pela qual os romanos invadiram e esse foi o legado de longo prazo da cultura Hiperbórea). 
          A tradição mágica de Albion era essencialmente empática, proveniente do sol e de Gaia e possuía um entendimento do poder mágico dos cristais. Merlin é considerado um dos últimos descendentes diretos desta cultura (qv. MSs 'Arturiana'). 
 
Aosoth:
          Um local associado à demônia Aosoth, está localizado dentro da floresta de Clun, Sul de Shropshire. Diz-se que neste local uma corça branca foi atingida acidentalmente durante uma caçada, aparentemente em seu coração. Apesar de não ter sido capturada, ela sobreviveu e há relatos de que foi vista muitas vezes ao longo dos anos ainda carregando a flecha encravada em seu peito.
 
Auspicia:
 
Lua
Coruja
Mercúrio
Magpie (variedade de pombo)
Vênus
Pelicano
Marte
Falcão
Júpiter
Cisne
Saturno
Águia

Tradução: AShTarot Cognatus 
Revisão: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi 

- Ordem dos Nove Ângulos -


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Uma nota sobre o número ‘Sete’


Uma nota sobre o número ‘Sete’
ONA 1997 eh

Para o ocidente, o cosmos sempre foi compreendido como uma divisão de sete vibrações fundamentais - um conceito que se originou de Albion. Ao longo dos séculos, esta divisão tem sido simbolizada de diversas formas: estrelas, árvores, metais - e planetas. As formas escolhidas são, na maior parte, usadas em um sentido simbólico, ao invés de literal. Portanto no que se refere aos planetas, aqueles atribuídos às esferas da árvore de Wyrd como usado dentro do Sistema Septenário [ou 'Caminho Sinistro Septenário'; Satanismo tradicional e assim por diante] são usados como símbolos para representar as sete forças fundamentais do cosmos, ao invés de literalmente serem forças atribuídas aos próprios planetas, ou planetas que de alguma forma criaram essas forças.
Dessa forma, considerando que havia apenas sete planetas que podiam ser observados, isso não influenciou o conceito dos 'sete cósmicos'; pelo contrário, devido ao fato de ser conhecida a existência dos sete planetas, eles foram convenientemente atribuídos como símbolos representativos das sete vibrações já existentes. A descoberta da existência de outros planetas desde então é irrelevante, uma vez que - esses outros planetas não mudam o que realmente existe - o sete - e não são importantes esotericamente, uma vez que os planetas são usados apenas simbolicamente.
Logicamente, isto não significa que os planetas e as constelações não produzam 'efeitos' no sentido esotérico, mas dentro de um ritual mágico, a abordagem comum de 'grimoire', produz resultados tão pequenos que são insignificantes [e o que pode existir - bastante insignificante em si - não é reconhecido porque espera-se algo diferente.
No que diz respeito as constelações, uma compreensão do seu significado no âmbito do funcionamento do cosmos requer um determinado tipo de vida que poucos empreenderão hoje em dia - e esta vida pode abranger várias 'temporadas alquímicas' (muitos anos). Em ambos os casos, o adepto deve descobrir, por si mesmo, pela vivência prática, a realidade destas formas naturais - como inteiramente separada de seu uso tradicional como símbolos abstratos ao longo da história.
Uma forma da astrologia se aproximar da natureza é através de um entendimento confinado dentro do simbolismo; A magia usa o simbolismo como um meio para um entendimento unificado, o simbolismo [e isto inclui formas como a árvore de Wyrd] sendo descartado, uma vez que o cosmos é apreendido como é, desprovido de projeções. Como sempre é enfatizado, esta percepção só pode ser criada por uma forma de vida alquímica, conforme consagrada pelas ordálias práticas desse Caminho Septenário.   

Tradução: AShTarot Cognatus 
Revisão: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi 
- Ordem dos Nove Ângulos -

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Lenda Arthuriana – De Acordo à Tradição Secreta Sinistra

Há uma tradição oral secreta a respeito daquele que é conhecido como "Rei Arthur", a qual merece ser relembrada. De acordo com esta tradição:

1) Arthur foi um chefe 'Romano-Bretão'.
2) Sua esposa se chamava Gonnore, e seu pai foi um chefe cuja base era o forte atualmente conhecido como 'velho Oswestry'.
3) A base de Arthur, "Camelot", era a cidade de Viroconium (atual Wroxeter em Shropshire). Esta cidade foi a capital de um próspero e poderoso-senhor de guerra e chefe britânico Vortigern (c. 450 ev). Também estava associada ao senhor de guerra Aznbrosius, que era de ascendência romana. Arthur manteve uma continuidade e um certo estilo de vida 'Romano-britânico'. Ele seguiu a tradição de Vortigern e Ambrosius, tornando-se um poderoso chefe cujo reinado foi vasto.
 Ele surgiu depois de Ambrosius - c. 500ev.
4) Arthur e seu povo eram pagãos. Suas crenças eram nativas, conectadas com deuses e deusas.
5) Arthur lutou muitas batalhas para proteger seu Reino de rivais. Algumas de suas batalhas foram travadas com tribos invasoras - mas na maior parte, essas novas tribos se estabeleceram pacificamente no que é agora a Inglaterra. Houve mais assimilação do que conquista. [A ideia de 'hordas bárbaras' invadindo impiedosamente é um mito - criado por gerações posteriores e parte de uma campanha de doutrinação Nazarena.]
6) Um dos seus parentes - conhecido posteriormente sob o nome de 'Modred' - tomou partido de alguns dos seus inimigos (ou seja, chefes rivais) e Arthur lutou contra ele em uma batalha na qual foi gravemente ferido. O local da batalha localizava-se perto do Rio Camlad e do moderno vilarejo de Shropshire de Wotherton. Arthur retornou a sua fortaleza através de um lago atualmente chamado de 'Marton Pool', perto de Worthen (Sudoeste de Shrewsbury). Na época, este lago tinha uma ilha - um monte contendo um bosque de árvores. O lugar era considerado sagrado, e as águas tinham a fama de ter poderes de cura. A ilha era a morada de uma deusa, e era habitada por uma sacerdotisa, conhecida como 'Dama do lago". Este monte ainda existe, apesar de não estar mais cercado por água, pois o lago encolheu e transformou-se em um poço.
7) O lendário 'Merlin', na verdade, era um pagão-sábio conselheiro de Arthur. Sua morada localizava-se nos arredores ao oeste da Long Mynd.
8) Após sua batalha final, Arthur retornou mortalmente ferido à sua cidade, onde foi sepultado. Algum tempo depois, a cidade foi evacuada pacificamente, pois tornou-se indefensável. Uma nova fortaleza foi fundada sobre uma colina entre um trecho do rio Severn, e Arthur foi re-enterrado aqui. Este monte serviu como uma das sedes dos reis de Powys - muito mais tarde uma cidade cresceu em torno dele, e recebeu o nome de Scrobbesbyrig. Posteriormente, passou a ser chamada de Shrewsbury. Antigamente, tal monte se chamava 'Colina dos Alders’. Atualmente, há uma Igreja Nazarena localizada perto do local da tumba de Arthur.
9) O "símbolo do clã" de Arthur era um dragão. 

Tradução: AShTarot Cognatus
Revisão: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi

- Ordem dos Nove Ângulos -

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A Respeito das Tradições da ONA



Por um longo tempo, as tradições foram divulgadas em uma base individual – de Mestre ou Senhora ao iniciado.
Não havia uma 'Ordem'.  Durante uma determinada época, havia alguns adeptos que ensinavam poucos pupilos por um longo período de tempo.
Assim o foi até a sexta década deste século atual, onde houve uma mudança deste padrão.  Até aqui, a tradição era secreta e reservada, e os pupilos em perspectiva eram sujeitos a testes e severas provações, de natureza física, mental e mágica.  As tradições eram orais, com uma ou duas exceções, e estão relacionadas a determinados rituais mágicos e canto esotérico.  Mas mesmo estes, foram escritos em código ou em certificados simbólicos/magickos a fim de escondê-los dos não iniciados.
A própria tradição se envolveu em: a) determinados ritos e cerimônias de 'Magia Negra' – por exemplo: A Cerimônia do Sacrifício; O Chamado Sinistro; Os Ritos dos Nove Ângulos [Nota:  Estes são títulos póstumos concedidos a aqueles que não possuíam nenhum título]; b) determinadas crenças/lendas que se relacionam aos Deuses Obscuros; c) determinados métodos que acreditavam ser necessários para se alcançar o grau de adepto [por exemplo, o que posteriormente se tornou conhecido como os 'Rituais de Grau']; d) determinado conhecimento esotérico, por exemplo, Canto Esotérico, o sistema septenário de correspondência; e) determinadas práticas de uma natureza sinistra [descrito em MSS, tais como 'Abate'; 'Guia para teste dos opfers'].
Havia também uma crença que mais tarde se tornou conhecida como 'A Dialética Sinistra da História' - uma tentativa de compreender Aeons e os rudimentos do que depois se transformou em Magia Aeonica.
Ocasionalmente, os rituais cerimoniais foram empreendidos para  finalidades específicas em que a maioria daqueles que pertenciam à tradição, se  não todos, participavam.  Às vezes, estes eram tão poucos que outros precisavam ser recrutados, sujeitos a testes usuais e assim por diante.  Mas este 'recrutamento' era para uma finalidade específica, e não a política geral.

Entretanto, na sexta década deste século atual isto mudou - sob a orientação da Senhora que representava até então a tradição.  Ela formou diversos grupos cerimoniais, todos autônomos.  Estes, entretanto, nunca foram grandes, e o número combinado de pessoas nestes grupos nunca excedeu ao trinta.  Alguns dos indivíduos assim recrutados vinham de grupos já existentes de Magia Negra ou Caminho da Mão Esquerda (como o OTP, o Templo do Sol, e a Ordem Negra).  Devido a esta mudança, uma certa estrutura foi dada à tradição - e um nome, além daqueles já existentes que serviam para identificar os aderentes desta tradição.  Os nomes descritivos existentes eram ' Satanismo Tradicional, o Sistema Septenário, e hebdomadária.  O novo nome, adotado pela Senhora, foi Ordem dos Nove Ângulos.  Os grupos autônomos adotaram também seus próprios nomes, como sub-templos dentro da ordem.  Um destes era 'Camlad'; outro era 'Templo do Sol' (quase todos os membros do que era chamado por este nome se juntaram à ONA).
Alguns anos seguintes, os sunedriões da ordem ocorreram, e as iniciações cerimoniais realizadas.  Isto continuou por mais alguns anos, após a Senhora ter-se retirado.  Sua decisão era o resultado de uma estratégia sinistra - para empreender atos específicos de magia sinistra cerimoniais; para aumentar o número de adeptos genuínos e para criar formulários temporais para dirigir determinadas energias magickas e para provocar assim determinadas mudanças, preparando o caminho para o estágio seguinte.
Entretanto, a realidade era um tanto diferente da teoria.   Alguma qualidade tinha sido perdida.  Havia uma concentração nos aspectos externos da magicka em contraste com o interno e o aeonico.  Consequentemente, após alguns anos, a pessoa que representava a ordem dispersou os grupos, e retornou aos métodos tradicionais. Os próprios métodos foram refinados e estendidos, e se tornou prática dos Adeptos Externos formar e controlar seu próprio Templo, com total liberdade.  Além disso, uma decisão foi tomada para gradualmente se tornar disponível todas as tradições da ordem juntamente com as novas técnicas desenvolvidas. As novas técnicas incluem 'O Jogo Estelar'.  Os Rituais de Grau da classe foram revisados, e métodos adicionais foram desenvolvidos, junto com um sistema teórico detalhado para explicar a  verdadeira natureza dos métodos e da própria magia.  Assim, um sistema puramente prático de treinamento foi criado, o que fez com que  o grau de Adepto e outros graus além deste fossem disponibilizados a todos. Este sistema foi chamado de 'O Caminho Septenário' [mais tarde 'O Caminho Sinistro Septenário'].  A base deste sistema foi descrita em um MS da ordem intitulado 'Naos'.
De acordo com a tradição, as tradições herdadas pelo Grande Mestre atual da Senhora que o iniciou, foram ditas ser uma sobrevivência daquilo que foi chamado de 'O Terceiro Caminho da Magia'; uma sobrevivência da civilização que floresceu em Albion.
 Estas tradições eram limitadas a uma determinada área geográfica, no norte pelo Stiperstones; no oeste pelo Long Mynd; no leste pelo caminho neolítico atualmente conhecido como Kerry Ridgway; e no sul pelo rio Clun. Entretanto, trata-se somente de uma tradição, sem nenhuma evidência direta para suportá-la.

 
Resumidamente, esta é a 'história' da ONA.  Atualmente, a função da ordem é:
(a) guiar indivíduos apropriados para o grau de Adepto e além; (b) trabalhar a Magia Aeonica de acordo com a estratégia sinistra; (c) implementar esta estratégia através de várias táticas.
Uma tática usada há alguns poucos anos está fazendo com que a tradição se torne mais accessível, bem como os novos desenvolvimentos que se estenderam e refinaram essa tradição, dando forma ao sistema prático mencionado acima.
 
ONA 1990 eh
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[Nota Editorial:  Eu sei que a história da década de sessenta, como explicada acima, é factual, uma vez que eu participei dela.  A respeito do que aconteceu antes – por exemplo, entregar a tradição de Mestre/Senhora ao pupilo depois de um longo período de tempo, e a associação da área mencionada com a tradição - Eu tenho somente a palavra da Senhora que me iniciou.  Ainda que eu me sinta inclinado, depois de todos os anos intermediários, a aceitar sua palavra, não permanece nenhuma prova, ou ao menos nenhuma de que eu esteja ciente.  Tudo o que eu sei é que ela me ensinou muito conhecimento esotérico, indisponível naquele tempo em quaisquer livros publicados ou manuscritos accessíveis. Este conhecimento inclui o Canto Esotérico (qv.  'Naos’), o sistema septenário de correspondência, e os ensinamentos divulgados no MSS 'Abate – Um Guia ao Sacrifício'; 'Guia para testar os Opfers’; 'Um Presente para o Príncipe' etc.** Cada pessoa deve fazer sua própria avaliação.

AL

O outro conhecimento dado inclui os mitos dos Deuses Obscuros (como explicado no MS 'Os Deuses Obscuros' e 'HP Lovecraft e os Deuses Obscuros'), o significado esotérico dos Nove Ângulos (como explicado no MS 'Os Segredos dos Nove Ângulos' - o MS 'Nove Ângulos – Significativos esotéricos' dá uma recente extensão do simbolismo), e alguns ritos cerimoniais (explicado em 'O Livro Negro de Satan').

   
Tradução: AShTarot Cognatus
Revisão: Yogamaya Purnamasi Devi Dasi

- Ordem dos Nove Ângulos -

domingo, 3 de dezembro de 2017

Krishnazathoth


Krishnazathoth
OZAL 108 e Yogamaya Purnamasi Devi Dasi
Templo de Azatao, Krishnazathoth Bhakta Sanga

Desde pequena, Kamila sempre se identificou mais com os vilões das histórias. Ela os desejava, e eles a excitavam a ponto de querer ser dominada e possuída por eles todos. Então, embora conhecesse os bondosos monges Hare Krishna que iam até a sua universidade vender livros, incensos e alimentos, ela não se identificava nada com eles, tampouco os desejava.
Mas seu desejo de ser possuída pelo oculto foi atendido por quem ela menos esperava, por um deles, Bhairav Das, que lhe mostrou que até então ela nada conhecia. Ele foi o responsável por lhe mostrar o caminho sinistro de Bhakti. Imediatamente, sentiu-se fascinada por seu amplo conhecimento, além do que despertava sua curiosidade e instintos mais selvagens. Por todos esses motivos, ela lhe pediu que fosse o seu guru, que fosse o responsável por iniciá-la no caminho sinistro, o que ele aceitou prontamente.

Em uma noite de lua cheia do mês védico de Katayani, Bhairav Das levou Kamila até o local de sua iniciação. Antes de entrar na mata, Bhairav Das colocou uma venda em seus olhos e a conduziu pelo caminho que a levaria até o destino. Ser privada de sua visão fez com que intensificasse ainda mais aquele desejo de ser dominada e possuída pelos vilões que a excitavam. Ela ansiava por qualquer toque, ou iniciativa para que pudesse liberar toda aquela energia acumulada na parte inferior de seu corpo. Essa mera expectativa a umedecia e fazia com que todos os pelos de seu corpo se arrepiassem, evidenciando para Bhairav Das o que sentia por ele, que controladamente conduzia toda a situação. 
Mas eis que durante o percurso, ambos foram surpreendidos por um tronco caído no meio da trilha, e a fim de auxiliá-la a passar por esse bloqueio, Bhairav segurou firmemente sua cintura, o que aumentou ainda mais o seu desejo de que aquelas mãos adentrassem violentamente o seu corpo.
Após chegarem ao local, Bhairav Das começou a preparar a fogueira para iluminar a área do ritual. Todo esse ambiente e clima a deixavam ainda mais agitada sexualmente. Então, Bhairav Das lhe serviu uma poção previamente preparada contendo poderosas ervas de conteúdo psicoativo. 

Após retirar a venda dos olhos de Kamila, Bhairav Das a despiu e passou a massageá-la com um óleo vegetal contendo alguns óleos essenciais. Enquanto suas mãos oleosas percorriam o seu corpo desejoso de que suas gotículas transparentes o adentrasse, ela afogava seus gemidos. Ela queria ser possuída e penetrada, mas ao término desse procedimento, ele a levou até a beira da correnteza de água que passava por ali e lhe instruiu a se banhar nas águas que refletiam os raios prateados da lua cheia. Isso arrefeceu o seu corpo, e após se banhar, foi dado início ao ritual de iniciação baseado na tradição sinistra. 

Bhairav fez o sinal do pentagrama invertido, enquanto vibrava "Agios Ischrythios Baphomet". Então houve o corte para derramamento de sangue no pergaminho contendo um sigilo, bem como a declaração de intenção em seguir o caminho sinistro. Após, a fim de selar o comprometimento, o pergaminho com sangue foi mostrado nas 4 direções.

Então, Bhairav Das entregou à Kamila um colar de prata com um pingente de quartzo e declarou:

"Agora lhe declaro Katayani devi dasi", selando suas palavras com um forte beijo e um abraço envolvendo seus quadris, o que a deixou novamente excitada e toda molhada, mas com uma intensidade e sensibilidade ainda maiores e únicas, proporcionadas pelo ritual e pelo elixir. 
Ambos se sentaram em um local confortável previamente preparado com uma pele de tigre para darem início a aquilo tão esperado por Katayani, a cópula sexual, a alquimia proibida destinada a abrir o portal (nexion) com os Deuses Obscuros. 
Durante o ato sexual, Katayani devi dasi pode sentir o ardor que surgia a partir da parte inferior de seu corpo dominado por Bhairav Das. Esse calor subiu pela sua coluna até alcançar as partes superiores de seu corpo, abrindo suas visões. De repente, ela se viu entrando em um túnel obscuro e iluminado. Diante dessa visão e com a intensidade do ato sexual, com o órgão de Bhairav preenchendo e ungindo todo o seu, Katayani devi dasi começou a ouvir o som de uma flauta que vinha do fim do túnel. Aquele som tão incomum, igual a tudo que havia experimentado aquela noite, fez com que alcançasse o orgasmo, deixando-a completamente exaurida.

Notas:
Esse conto foi escrito primeiramente durante o mês lunar védico de Katayani de 2015eh. Enquanto o escrevia, o autor do conto, OZAL 108, sentiu que devido ao conteúdo altamente herético desse manuscrito, ele poderia sofrer alguma reação adversa. No dia seguinte sua casa foi invadida e o seu notebook contendo o manuscrito original foi roubado. Um ano após, no mês de Katayani de 2016eh, ele foi reescrito, sendo finalizado com a ajuda de Yogamaya Purnamasi Devi Dasi no mês de Katayani de 2017eh e divulgado ao público na lua cheia (purnima), que finaliza esse mês lunar, sendo essa considerada uma superlua, quando está mais próxima da terra.