Mostrando postagens com marcador Thelema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Thelema. Mostrar todas as postagens

sábado, 3 de junho de 2017

Mãe das Sombras


Quem vem até mim?

               Seu servo e consorte                 
A Besta a qual vc monta

Onde me ergo?
Da espiral das sombras venho e me ergo no fogo
Com a espada nos meus pés e vindo pelas  minhas coxas levo pela descida
Meu ventre é o caminho, o início e o fim
Nas sombras meus filhos se deitam aos meus pés. Nas sombras sussurram meu nome
Chamo a mim minha besta. Aquela que retira meu véu e abre as portas
No meu ventre o sangue negro ferve, abrindo o caminho e queima. Do sangue eu me alimento.
Qual é meu nome?
No sangue eu deito, das sombras eu vim e no fogo eu danço. Do fogo eu venho e no sangue eu me alimento. Quem eu sou?

LILITU!                  
Mother of Blood!            
Baphomet, Mistress of Darkness

Com a besta venho e nela eu monto. Seu sangue é meu alimento, seu prazer é meu alimento. Seu sangue é meu prazer e da minha carne ele se verte. Da sua carne eu como e seu sangue eu bebo
Quem eu sou?

Dark Mother Divine

Me alimento dos meus filhos e eles eu consumo. Bebo seu sangue. Eu sou o sangue, eu sou o prazer, a carne que queima. No fogo eu danço, eu sou o fogo negro que consome no ventre negro. As portas eu abro, pelo ventre eles vem. No meu sangue negro eles dançam, dos meus seios eles se alimentam, sua dor é meu prazer, meu prazer queima como o fogo do sol negro. Do prazer eu venho, eu sou o prazer que queima. A carne. O caminho o início e o fim. Eu sou a mãe e a consorte.                    
A mãe negra e a consorte escarlate                     
Eu sou Babalon, sou Lilith, a fornicaria, a mãe das sombras

Por Kaligula & AShTarot Cognatus

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Magia de Maat e Magia do Caos





Há anos quando eu li Peter Carroll “Liber Null” e “Psychonaut”, não me imaginava, tal como era apresentado nesses livros. Desde que descobri a Internet, não obstante, tenho encontrado-me com vários magos caóticos. Um deles, Joseph Max da Califórnia, publicou em um texto sua experiência com magia. Nele, cita Magia de Maat, como um bom exemplo de Magia do Caos. Imediatamente me ocorreu investigar além, para comparar e diferenciar ambos os métodos.
Deste ponto, seria sábio distinguir entre o método como é apresentado nos livros, de como é usado pelos magos individualmente. Ambos, magos caóticos e magos de Maat, tendem a ser muito individualistas (como é próprio nesta arte), e cada um tem sua própria forma de manejar sua Arte. Os magos são mais similares em sua independência e criatividade que em sua filosofia ou terminologia. Eu tenho me baseado, no que há publicado, modificado pela experiência e comentários dos praticantes.
Com a exceção do trabalho de Austin Osman Spare, há pouca inovação ou quase nada, no campo da magia ocidental desde a morte de Aleister Crowley até o começo de 1970. O trabalho de Jack Parsons, é totalmente Thelemico e se distingue por sua paixão a liberdade, independência e sua devoção a manifestação de Babalon. Charles Stanfeld Jones declarou no começo do Æon de Maat, porém ele falou ao desenrolar um sistema embasado na nova frequência da corrente mágicka. As explorações de Kenneth Grant ao lado obscuro da magia tiveram suas primeiras manifestações com o livro “Cults of the Shadow” em 1975 e este continua hoje em dia; vejo pouca menção de seu trabalho na literatura de Magia do Caos, exceto com a pessoa que deu a conhecer a vida e o trabalho de Spare.
A similaridade mais óbvia entre os dois sistemas, é que ambos são pós-Crowleyanos. A ciência, tecnologia e comunicações globais têm alterado radicalmente o mundo desde a II Guerra Mundial. Ambos métodos, bebem da mesma fonte em pontos de vista acerca do mundo, tecnologia e técnica. Magia do Caos se declara a si mesma como nova e Magia de Maat com honoráveis raízes. Porém o Sr. Max aponta:

“Sim, Magia do Caos é uma nova tradição, porém está embasada na destruição das formas de tradições e definitivamente tem uma dívida com o passado. Portanto eu poderia dizer que Magia do Caos deriva das tradições mais antigas pela destruição, enquanto Magia de Maat deriva delas por exploração”.
As diferenças nas similaridades entre os dois tipos de magia, se refletem também nas semelhanças das diferenças, isto se compreenderá no transcurso de nossa exposição.
Ambas magias têm um mapa æonico. No “Líber Caos” o Sr. Carroll apresenta seu ponto de vista da psicohistória no passado, presente e futuro. Ele utiliza quatro Æons (Xamânico, religioso, racionalista e pandemonium) divididos em dois sub-Æons cada um (animista-espírita, pagão-monoteísta, ateísta-niilista e caoísta-?). Estes estão representados da esquerda para direita e por cima dos entrelaçados, três ondas representando o paradigma materialista, paradigma mágicko e paradigma transcendental.
A forma das ondas mostra a relativa dominância de cada paradigma (o consenso de realidade o Zeitgeist de uma cultura contemporânea em um ponto da história dada) para cada Æon e sub-Æon.
Este é um elegante esquema e quero comentar, que eu não sei se outros magos Caóticos apoiam ou não, mas para mim é uma ideia que tem sentido. O Mapa Æonico de Maat consiste em:

  • Æon sem nome: Pré-história – caçadores/coletores: animismo, xamanismo, vodu.
  • Æon de Isis: Fazendeiros, pescadores: A Grande Mãe e panteões pagãos.
  • Æon de Osiris: Cidades-Estado, invasão, guerra: Judaísmo, Cristianismo, Islam.
  • Æon de Horus: Energia atômica, rádio, televisão: Thelema, ateísmo, existencialismo.
  • Æon sem palavras: O futuro manifestado ao redor de uma nova espécie originada da humana.

Æon sem palavras e o Æon Pandemonium, parecem representar a mesma condição; os caoístas parece que o vêem como um tempo onde a magia prevalece como caminho de vida e os maatianos como um duplo estado de consciência individual e coletivo. Ambos vêem o futuro muito diferente do presente à escala global e ambos vêem o desenvolvimento e o uso da tecnologia como parte fundamental desta diferença. (Nota: no transcurso e desenvolvimento da prática da Magia de Maat, eu tenho encontrado-me com a personalidade da dupla consciência do futuro humano, quem se chamava a si mesmo de N’ATON, pode-se ver o esboço desta ideia na Internet, ressurgindo enquanto falamos.)
Outra similaridade entre os Magistas, é que a fórmula dos Æons transcorre e está disponível, para qualquer um que queira usá-las, isto encontro no trabalho da Magia de Maat e chamo-o de PanÆonic Magick. Quero dizer, que em algum lugar do mundo há pessoas que vivem e sentem sob a influência de Æons diferentes. Em lugar de modelos lineares ou inclusive acumulativos, o modelo do avanço mágicko que acredito que se aproxima à realidade vejo-o atemporal, eterno e presente. Os escritos que têm-se visto sobre Magia do Caos fomentam e anima ao livre uso das metáforas de todas as culturas.
A Magia do Caos e de Maat também usam os sigilos mágickos de Spare, o processo onde escreve-se sua intenção, reduz e refaz em uma abstração sobre o papel (ou outro material), esquece-o e no momento de alto clímax é relembrado, para que se manifeste no mundo físico.
O Processo de sigilização move a intenção desde o consciente ao inconsciente, ou mais exatamente, segundo minha opinião, à mente profunda, uma frase de Jan Fries (“Visual Magick, Helrunar). Isto é feito no ato de esquecer. A mente profunda consiste em  todo o poder acumulado no curso de nossa evolução, desde as pequenas células, até a conexão com todas as coisas, isto pode fazer-se sem restrições impostas pelo consciente e pelo Ego. Fazendo que um escrito coerente, passe a ser algo incompreensível de maneira que a mente consciente não possa manipulá-lo e se libere na mente pré/ pós-verbal da mente profunda.
A Magia do Caos e de Maat também usam as crenças como ferramentas. Os humanos tendem a serem restritos às suas crenças, mantém uma específica doutrina o Kit de normas que provem de uma pseudo-segurança na restrição. Se vier slogans em Use como “a Bíblia disse, creia”. A maior parte das guerras tem sido graças às crenças religiosas (cruzadas, Jihads, etc), também é certo que têm havido outras por outros motivos filosóficos ou biológicos, como a guerra civil americana contra a escravidão.
Eu vejo a crença como uma extensão de nosso instinto de sobrevivência. A crença deve ser saciada de conteúdo, para que seja uma efetiva ferramenta mágica. Deve-se crer intensamente e apaixonadamente no momento que invocamos a forma de Deus ou senão a transformação não ocorrerá, sem embargo é necessário que o mago retorne a sua personalidade normal depois do ritual, senão o deus residirá permanentemente, e não poderias invocar outro. Tu necessitas estar limpo e receptivo como uma ferramenta bem engraxada.
O número oito também é parte importante em ambas as magias. As oito flechas irradiando desde o ponto central, é o primeiro símbolo do Caos, e é usado no “Líber Chaos” como esquema para os oito tipos de magia, que são descritos em várias cores.

  • Negro: Magia de morte, para experimentar a própria morte, ou enviar encantamentos de morte (sem comentários), parece ressonar com Saturno.
  • Azul: Magia de riqueza, é Júpiter,
  • Verde: Magia de amor, reflete a natureza de Vênus.
  • Amarelo: Magia do Ego vai com a energia solar, algo similar se encontra na Magia de Maat na dança das máscaras.
  • Vermelho ou prateado: Magia sexual, o vermelho é a paixão e o prata é a Lua.
  • Laranja: Magia do pensamento, de natureza mercurial.


Octarina: A pura magia é a cor que tu eleges pessoalmente como essência da magia. É interessante apontar ainda que a Magia do Caos não usa a estrutura da Árvore da Vida, as cores mencionadas acima correspondem em escala dos Reinos das Sephirot e com as mesmas atribuições. Para mim a Octarina me evocar a combinação do branco, negro e cinza em escala dos Reinos de Kether, Chokmah e Binah.
Na Magia de Maat há um “Ritual de Proscrição” aos outros pontos e os “Antigos Esquecidos” ou ao instinto de sobrevivência, que relaciona com os sete Chacras, além do mais em Bindú em um octeto.

Outras similaridades são a criação de um templo astral em um lugar privado que se dá no astral; os mundos probabilísticos e o Akasha; e os homens que acreditam em deuses e estes se tornam independente através das gerações de crentes e de sua devoção. Encontro outros parecidos quando leio a literatura do Caos e eu convido-te a fazer tuas próprias investigações.

Nos textos e conferências sobre a Magia de Maat, eu tenho que enfatizar que ela não tem a intenção de fundar qualquer Ordem, Coven ou grupo oficial de praticantes. A razão disto é muito simples e básica. Magia de Maat, como qualquer sistema válido de iniciação, se auto-destrói quando se completa. Ela trabalha por si mesmo. O que fica é uma rede de colegas que trocam informações ao decorrer e ajudam aos outros em seu caminho, recomendam leituras e ocasionalmente se congregam em um Ritual. Este último é bastante difícil já que a rede dos Magistas de Maat é internacional.
Os Magistas de Maat têm seus próprios estilos de funcionamento e raramente se consideram a eles mesmo como “Magistas de Maat”. Eu considero isto como um sinal muito saudável.
Apesar deste espírito instável, existe (fundamentalmente no astral) a Loja Horus/Maat, cujo propósito é difundir a dupla corrente de Horus e Maat. Desde sua fundação o reconhecimento da existência do Pan-Æonic parece que tem aumentado. Essa não era minha ideia, porém as pessoas que querem que a loja continue tem minha cooperação em sua fundação. A Loja não tem direção oficial, nem encontro, nem taxas, nem estatutos, nem oficiais e nem graus.
A Magia do Caos tem por outro lado “Os Iluminados de Thanateros I.O.T.” para uma maior descrição ver o livro de Carroll “Líber Chaos”. O Sr. Max escreve:
 “Claro que há mais palavras em alguns círculos!, há muito mais Magistas que tem sido expulsos da I.O.T. que de membros que continuam pertencendo a I.O.T.. Em minha, não tão humilde opinião, a I.O.T. deixou as portas abertas para qualquer um que decidiria ser o guru da Magia do Caos, então eles decidiram que seriam um instituto júnior da O.T.O., com um sistema de graduação por convite, colocariam o poder administrativo em mãos de uma pessoa e declarariam a “Guerra Mágicka” a qualquer um que não gostasse. Os fundadores Ray Sherwin e Peter Carroll abandonaram há tempo muito descontentes”.
Agora deve-se deixar claro, que o conceito de I.O.T. não é o mesmo que o “Pacto”. O Pacto é a ordem externa e a real I.O.T. é como a invisível A.·.A.·. – para praticar Magia do Caos tem que ser um “Iluminado de Thanateros” e ser membro de uma organização não é requerimento. Assim é como eu o vejo e creio que distancia muito da original concepção de Sherwin e Carroll.
Outra distinção que vejo é que a Magia do Caos usa “Servidores” enquanto a M.M. não. Os servidores são entidades criadas ou obtidas pela intenção do magista para que façam um serviço delegando poder a elas. Na M.M. tende-se a trabalhar através da impressão direta da corrente mágicka ou “deixar que as coisas fluam” através do qual o intento adquire o poder de manifestar-se.

Mr. Max disse: “Verdadeiramente os caoístas usam “servidores”, porém há muitos trabalhos que caem dentro da categoria do encantamento. Nós poderíamos extrapolar uma tendência como estrita “Lei”, já que a maior parte dos trabalho não está embasado no uso de “servidores”.

Outra grande distinção que eu tenho encontrado, embasando-me no que há publicado, é que a Magia do Caos focaliza sua atenção na prática individual, enquanto que a Magia de Maat  começa com o individual para entender-se a raça humana e mais além. Para clarear o conceito da prática individual na Magia do Caos Mr Max responde:
“Verdadeiramente isto acontece na superfície. Minha experiência é que cada Mago caótico encontre sua própria emfase em “ir adiante”, porém não é tão estrito. Em meu próprio caso, vejo grande efeito em minha prática mágicka em trazer o “PanDaemonÆon” ao Æon extra-sensorial, comunicação entre os homens e máquinas, estão logo na esquina e cruzam a linha entre a magia e a tecnologia (já se tem cruzado, ou diga-me se um computador não é algo mágicko). Para mim a Magia é a esperança e o sonho da humanidade, nossa última salvação”.
Eu vejo o auge da Magia do Caos como um bom sinal de que a Magia está viva e cresce no final do século XX. Parece-me que vai na mesma direção que a Magia de Maat, para o “Ponto Omega”, que é a radical transformação individual e como espécie. Antecipo a elevação de outras Magias também, surgindo da criatividade daqueles que entendem os princípios subjacentes dos efeitos individuais, efetuando trocas Macrocósmicas através da precisão e perícia do trabalho Microcósmico. Se estiveres interessado em saber como funciona o processo, aconselho-te que leia os seguintes livros.


Peter J. Carroll:  Liber Null Y Psychonaut. Samuel Weiser 1987.
Liber Chaos. Samuel Weiser 1993.
Jean Fries : Visual Magick :a manual of Freestyle Shamanism. Mandrake of Oxford, 1992.
Kenneth Grant:  Cults of the Shadow. Frederick Muller Ltd London, 1975
Skoob Books Publishing, London, 1993.
Phil Hine: Condensed Chaos: An Introduction to Chaos Magick. New Falcon Publications, AZ 1995.
Nema: Magia de Maat: A Guide to Self-Initiation. Samuel Weiser, 1995.

Escrito por Nema, Margarete Ingalls.

Tradução do Espanhol: Thiago Serpa
Edição: AShTarot Cognatus

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

SERVANTS OF THE STAR AND SNAKE (S.S.S.)

Por Kapaalinath
Editado por AShTarot Cognatus


A Ordem mística "Servants of the Star and Snake" ou "S.S.S."; foi fundada em 6 de Abril de 1990 quando o livro de "Ba Neb Tet" foi recebido espiritualmente, sendo nomeado "Andrae", por James M. Martin; então líder de uma Ordem fraternal oculta "Ofita-Cainita" chamada "Ordo Templis Baphe-Metis". O verso IV deste livro fala de uma ordem interna da O.T.B., Servants of the Star and Snake. O livro de Ba Neb Tet foi publicado no equinócio de primavera de 1991 no informativo "Abrasax",o diário oculto escrito por Martin. No mesmo número, um Cavaleiro-Mago da O.T.B., Auditus-Kaos, teceu um comentário dizendo ser imperativamente claro estabelecer uma ordem mágica especial dentro da O.T.B.
Neste artigo, Auditus-Kaos dava várias interpretações dos símbolos da estrela e da serpente e enfatizava o aspecto gnóstico e thelêmico delas. Martin, então conhecido pelo seu mote mágico por Ekagratanath, considerando que a S.S.S. de sua visão poderia se mostrar diferente do qual havia sido interpretado primeiro, manteve contato com um outro mago do Texas conhecido como Pandemonanda depois com Eeyore que foi iniciado em Kundalini Yoga como também em Wicca e caminhos Sufis. Ekagratanath também comunicou-se com Vajrapaninath [depois conhecido como Obeah Marasananda 128], um tântrico e estudante de ciência Vodu-Gnóstica e com Soror Achat, um thelemita e mago cabalista de Chicago.
Era uma idéia de Vajrapaninath formar uma "Ordem" de magos, shamans, iogues tântricos e outros ocultistas compreensivos. Depois de meses de discussão, meditação, visões de revelações, manifestos e uso de muita energia psíquica, a S.S.S., conhecida no exterior como "Societas Stellas Serpentis", foi criada [desta vez de forma material] em Março de 1994. Era estabelecida como uma ordem de magos ocidentais, mas também a descreveu como como um grupo de ocultistas que trabalham na tradição do "Shivaismo-Tântrico" e no "Sahajiyan Nath-Siddhas". A S.S.S. é sem igual na história oculta, pois seu funcionamento é estabelecido sem nenhum grau, nenhum livro sagrado, nenhum guru e nenhuma iniciação.
Pandemonanda presentiu a S.S.S. como uma versão oculta de uma sociedade científica onde os resultados de várias experiências eram compartilhados com a intenção de decobrir quais técnicas seriam as mais poderosas e mais propícias. Os propósitos da S.S.S. seriam aumentar o conhecimento, e a sabedoria em relação ao ocultismo. Ekagratanath escreveu em 26/03/1994: "Se todos nós seguirmos um grau igual e existirmos só para troca de informação, nós nos tornaremos um organismo autônomo".
Um ano depois o primeiro assunto da S.S.S. apareceu na revista "The Trident" o artigo principal era escrito por Vajrapaninath que reconheceu a grande influência da ordem AMOOKOS na S.S.S.e a alta estima que os membros fundadores tinham para com o líder da AMOOKOS, Sri Dadaji Mahendranath. The Trident continuou sendo publicada trimestralmente até o verão de 1997. Em suas páginas eram achados artigos filosóficos e históricos, contos de experiências pessoais e discussões de veemência ígnea. "The Trident" era editada, publicada e em grande parte escrita por Ekagratanath, que depois veio a ser conhecido por Sahajananda.
No segundo número, "The Trident" apareceu como um boletim informativo de uma página só para os membros, editados por Eeyore que gradualmente cresceu e virou o zine "Lila". Nesta publicação, os membros menos formais poderiam compartilhar arte, poesia e escritos pessoais em uma colocação mais íntima. Também é válido dizer que Vajrapaninath havia criado antes uma publicação intitulada "The Ophidian Circle of Maat", cujo sub-título era "for The Servants of the Star and Snake".
O posto de administrador geral era estabelecido e foi ocupado primeiro por Sahajananda como uma posição flutuante, que era compartilhada idealmente por todos os membros. Sem exercer um posto de liderança, o A.G. é o que faz a maioria do trabalho, seja enviando mensagens ou coordenando as comunicações. Eeyore assumiu o posto depois de Sahajananda, de 96 a 98, e foi seguido por Aion de 99 a 2001 e agora quem está com a responsabilidade é Obeah Marasananda 128.
A S.S.S. é uma ordem de magos solitários e dos mais incomuns entre sí e passou por períodos de estagnações e tempos de grande criatividade. Apesar de não ser conhecida do grande público, a ordem possui ocultistas famosos nos EUA, Índia, Cingapura, Noruega, Israel e em vários outros países.

terça-feira, 12 de maio de 2015

O Caminho do Amante Secreto: Magia Sexual, Tantra & Tarot

Eu sou o Coração; e a Cobra está entrelaçada 
Sobre o invisível núcleo da mente. 
Ascenda, Ó minha cobra! 
É agora a hora da escondida e sagrada flor inefável. 
Ascenda, Ó minha cobra, para a luminosidade da flor 
No cadáver de Osíris flutuando no sepulcro! 
Ó coração de minha mãe, minha irmã, meu próprio, 
tu estas entregue ao Nilo, para o aterrorizante Tifão 
Ah eu! Mas a glória da tempestade voraz 
Enfaixa a ti e envolve a ti no frenesi da forma 
Seja ainda, Ó minha alma! Que o feitiço possa dissolver 
Ao se erguerem as varinhas, e se revolverem os aions 
Contemple! Na minha beleza como Tu és alegre, 
Ó cobra que carece da coroa do meu coração! 
Contemple! Nós somos um, e a agitação dos anos 
Vai até o anoitecer, e o Besouro surge, 
Ó Besouro! O zumbido da Tua nota dolorosa 
Seja sempre o transe desta trêmula garganta! 
Eu aguardo o despertar! 
A convocação do elevado Do Senhor Adonai, do Senhor Adonai! 
- V.V.V.V.V. Invocação da Kundalini 

No diagrama cabalístico da Árvore da Vida a experiência de união com o Amante Secreto tem lugar na sexta Sephirah, Tiphareth. Esta Sephirah corresponde diretamente ao Chakra Anahata, o Chakra do coração. No hinduísmo, o Conhecimento e Diálogo com o Santo Anjo Guardião é a energia Kundalini subindo ao Chakra do Coração. Não é mera coincidência que o culto tanto à Cristo como à Krishna encoraja você a “entregar seu coração” aos seus deuses respectivos ou se refere a divindade como vivendo dentro, abrindo acima ou vindo na direção dos corações dos devotos.
tetra
Como aprendemos no capítulo sobre a Cabala, a fórmula YHVH (Yod Heh Vau Heh) revela tanto o segredo do Espírito descendendo na Matéria como o segredo da humanidade retornando à Divindade.
he
Cada um de nós é o Heh (final), a Filha/Princesa dessa família Cabalística. Para descobrir nossa natureza Divina original, nós temos que primeiro nos tornar unos com:
Vau
Vau, o Filho/Príncipe que é ao mesmo tempo irmão e amante da Princesa. 

[Aqui é desnecessário teorizarmos sobre a natureza de Heh, a Mãe, e Yod, o Pai, pois até não estarmos unos com Vau não teremos capacidade suficiente de compreender a natureza dessas Supremacias.] 
penta
Heh tem o valor numérico Cinco e é simbolizado pelo Pentagrama. Os cinco pontos do Pentagrama representam os quatro elementos governados pelo quinto elemento, Espírito. Cinco representa o Microcosmo, “o pequeno mundo”, cuja última expressão é o Homem.
hexa
Vau tem o valor numérico Seis e é simbolizado pelo Hexagrama. Os seis pontos do hexagrama representam os seis Planetas dos antigos circundantes do Sol, que se encontra no centro do hexagrama. Seis representa o Macrocosmo, “o grande mundo”, que é a última expressão de Deus. Vau também é o símbolo especial do Santo Anjo Guardião.
A Grande Obra é a União do Cinco (Você) com o Seis (Seu Santo Anjo Guardião). 

A lógica diz que tudo no universo está conectado, que não há, de fato, nenhuma separação entre estes dois mundos. E é verdade. A divisão é uma ilusão. Conhecimento e Diálogo com o Santo Anjo Guardião é alcançado quando o mundo individual do Cinco se harmoniza e se alinha perfeitamente com o mundo do Seis. Conseqüentemente, o primeiro passo a ser dado na Grande Obra é aperfeiçoar seu mundo de Cinco através do equilíbrio do corpo, da mente, dos sentidos e das emoções. Muito disso pode ser cumprido através dos exercícios e meditações semelhantes aos citados no Capítulo Nove. 

Isto soa bastante trabalhoso. Você pode sentir que dominar o seu Eu e o seu ambiente antes de começar a Grande Obra é quase como dizer “para superar seus problemas primeiro você deve superar seus problemas”. E em algum aspecto é exatamente isso que nós estamos dizendo. Mas mesmo que a prática e a disciplina sejam sempre necessárias para te preparar como um recipiente satisfatório para o seu Anjo, o contato com Ele só será realizado através do processo de concentração devocional e, quando a própria oportunidade mágicka se apresentar, da rendição completa.
Devoção religiosa não parece ser tão fácil para os Ocidentais como é para os nossos irmãos e irmãs Orientais. Os evangélicos semi-alfabetizados de TV que aterrorizam os seus rebanhos em “rendição” espiritual nos mostram somente o “lado negro” da devoção, ao definirem a rigorosa natureza do seu deus e, em seguida, exigindo que fielmente joguem o intelecto e o senso comum descarga abaixo. Isto é “rendição” na mira de uma arma.
É de se admirar porque no Ocidente tantos buscadores inteligentes abandonam suas esperanças em seguir o caminho Ocidental da devoção e acabam se voltando para as religiões Orientais para alimentar suas fomes espirituais?
Os Hindus chamam a ciência espiritual de devoção e rendição Bhakti Yoga, e têm concebido inúmeras técnicas para trazer o devoto ao contato direto com a deidade. Cantar o nome de deus, (a técnica do movimento Hare Krishna), é um método. Peregrinações para o santuário e a cidade santa de deus, ou realizar atos e sacrifícios que são tradicionalmente prazerosos a deidade, são outros. 

Para amar com todo o seu coração, primeiro o coração deve ser aberto. É aí que o encontro tem lugar, a misteriosa união entre o Homem e Deus. Em algumas tradições místicas, há expectativas de rejeição do homem abaixo do cinturão. Esta atitude não é encontrada somente no misticismo Cristão, mas também entre os Jainistas. Israel Regardie, além disso, observou uma divisão semelhante entre os seguidores da Golden Dawn. Ele descobriu que eles excedem em expressar a sua sexualidade e agressão, ou reprimem-nas completamente. Ambos os extremos produzem tanta doença quanto promovem facilidades. O mais sério crítico dessa cisão, como eu vejo isto, é uma falsa visão do homem. O homem não é um/ou, é ambos. Nem Deus nem besta nós não somos, mas ambos; nem sozinhos nem separados, mas um; encontre isso no seu coração na forma do seu Santo Anjo Guardião.
Com a experiência do Conhecimento e Diálogo o centro do nosso foco muda. Um interruptor é acionado; nós somos preenchidos com luz branca que explode ao longo da eterna escuridão. As nuvens desaparecem, e quando nós novamente reaparecemos só podemos ter uma pequena noção. A mente é consertada no coração, onde o encontro de Deus com o homem tem lugar. Não há nenhum outro espaço para qualquer outra coisa. A taça está transbordando e a água fértil traz à vida o dinâmico intercâmbio entre Amor e Vontade. Eu não quero sugerir com isso que uma vez que isto ocorre vive-se continuamente em total bem-aventurança. Nossa mortalidade é tal, que nós sempre acabamos caindo de volta em doenças e discordâncias. Nós precisamos disto para evoluir mais rápido. Uma vez que a união profunda acontece, contudo, há uma mudança fundamental de atitude, e isto pelo menos a memória pode se lembrar no meio do desespero e da solidão. Nós podemos, assim, pela memória, embarcar uma vez mais na procura por aquela benção da união que, uma vez experimentada, nunca se perde.
Há ilimitadas formas de alcançar o fim desejado, no que se refere aos atos externos. O segredo completo, contudo, pode ser resumido pelas palavras de Abraão, o Judeu: “Inflama-te em Oração”.

Retirado de “O Caminho do Amante Secreto: Magia Sexual Tantra & Tarot.” Escrito por Christopher S. Hyatt e Lon Milo DuQuette

terça-feira, 5 de maio de 2015

Thelema Tantrika no Sul da Índia

Escrito por Gregory Peters, 16 de abril de 2013.
Traduzido por AShTarot Cognatus.


Fundado em 1905 por Dr. T. R. Sanjivi em Tinnevelly, Sul da Índia com o "único propósito de educar as pessoas para a cultura da luz que está latente em todos e cada um de nós," a Latent Light Culture (Cultura da Luz Latente) e sua ordem interna The Holy Order of Krishna (A Santa Ordem de Krishna) ensina métodos práticos de yoga baseados na interpretação esotérica e iniciática do Bhagavad Gita.

O material de fundação da organização de 1920 é atribuído ao autor misterioso "Bhikshu", e contém uma forte influencia de Thelema e os escritos de Aleister Crowley misturados com os ensinamentos iniciáticos tantrikos do Gita.

Alguns trechos:

"Aja, portanto, quando a oportunidade lhe confrontar; respondendo-a, encontrando-a bravamente, utilizando-a, ativamente. 'Faça o que tu queres', dizem os Mestres, 'há de ser tudo da Lei,' do Dharma do Karma - aquele que somente faz é o Karmi; aquele que faz de acordo com sua vontade é o Karma Yogi; o ato é o Karma, seu futuro, seu destino a colheita de seus pensamentos e atos. Seu ato é a expressão de sua vontade, a vontade em você; então diga para si mesmo "Eu irei" e aja. Agindo assim você não ocorrerá em pecado, disse o Senhor Krishna."

"Nisso está o decreto (Sastra) para você, Karma Yogi, no dito de "Faça p que tu queres" que deverá ser para ti, o todo da lei, ensinando a você compreensivamente o que fazer, o que evitar, essa é sua única ordenação; 'faça o que tu queres, e nada mais'; nós devemos repetir isso constantemente, sem fim, que você possa ser unificado de vontade, que em seu ato você possa trazer todo o universo que está em você, que no seu ato o todo de você e não a pequena porção de você chamada erroneamente de 'Eu' no limiar, no portal externo da consciência, possa agir, e impressionar-se sobre o mesmo que de qualquer forma deve ser."

-Karma Yoga, 1928

"O primeiro e o maior dos privilégios é ter que aceitar a Lei do Gita: Yatha Ichchhasi Tatha Kuru (Faça o que tu queres)  - ter que se tornar livre e independente e ter que destruir todo o medo, seja ele de costume, fé, de outros homens e até mesmo da morte. "Não temas, não temas homens, nem destino, nem deuses, nem nada. O dinheiro não temas, nem a risada do povo frívolo, nem qualquer outro poder no céu, nem na terra ou debaixo da terra."

- Do artigo de grau do primeiro grau da Holy Order of Krishna.

Esse é o grupo que originalmente produziu o celebrado comentário tântrico do Ananda Lahari que foi feito várias referencias nas obras de Kenneth Grant nas suas trilogias tifonianas.
Infelizmente, hoje em dia a organização aparenta ter se afastado das tradições mais esotéricas sob qual foi fundada, apesar dos artigos dos graus ainda demonstrarem influencia de Thelema. Materiais mais profundos como a magia ritual do Sri Vidya codificado no Ananda Lahari (a onda de bem aventurança, que consiste dos primeiros 41 versos do Soundarya Lahari)  é misturado com uma nova interpretação do Gita.

Fonte:  http://newaeontantra.com/

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Zuvuya parte II

Para acessar Zuvuya Parte I


"Qualquer tecnologia avançada o suficiente é indistinguível da magia"
-Arthur C. Clarke

O que é tecnologia? Basicamente - ferramentas, extensões do corpo humano com o qual nós manipulamos nosso meio-ambiente. Dos machados de pedra a microchips, é tudo tecnologia em seus vários graus de avanço. O que é 'natural'? Nós somos, enquanto animais, separados da natureza? O nosso uso de ferramentas nos diferenciam tanto assim? Há geralmente uma conversia da humanidade 'destruindo a natureza' como se fossemos separadas dela. Eu tenho certeza que nossa realização e a reforma do abuso que já ocorreu, também é parte processo 'natural'. Ou talvez é natural para nós limparmos a nós mesmos e o resto da terra e seus residentes continuar sem nós?

De acordo com a conta longa do calendário Maya, o baktun final, Baktun 13 de 1992-2012 terminou no solstício de 2012, 21 de dezembro. Ao invés de qualquer sentido de finalidade, a realidade parece estar caminhando normalmente, o que é um perigo no ocidente moderno. Não há um 'Baktun 14', portanto presumidamente, da perspectiva Maya, nós estamos agora em uma espécie de 'décima terceira hora' infinita do décimo terceiro Baktun, ou seja o tempo dos sonhos.

"Só tem espaço até o ano 2012."
"Isso irá assustar alguém algum dia"
Claro que os Mayas nunca disseram nada sobre o solstício de 2012 ser o 'fim do mundo' - isso foi os traficantes de medos, produtores de filmes e os adeptos da Nova Era que mal interpretaram o fim do calendário, ou simplesmente exploraram isso para propósitos comerciais sob o disfarce de espiritualidade.
Os próprios Mayas consideravam o empo do 'retorno de Kukulkan'. Chamado Quetzcoatl pelos Astecas, Kukulkan é uma deidade maior da antiga civilização Maya. Esse tempo do solstício de dezembro de 2012 não é um instante isolado, mas todo um período de mudança rápida ao redor da extremidade do aeon, continuando a descontrair suas escamas iridescentes.

Kukulcan/Quetzalcoatl significa 'serpente alada', uma metáfora obvia para a energia da kundalini. Kundalini é  'poder da serpente' que reside em nossos sistemas nervosos, ascendendo a espinha para providenciar inspiração e iluminação (as asas abertas na coroa da cabeça). Existe em quase toda cultura antiga. O Caduceus, o bastão alado estrelaçado com serpentes do mensageiro grego dos Deuses, Hermes, foi apropriado pela medicina ocidental. Sempre foi um simbolo de magia e cura. Nas tradições védicas e hindu, as serpentes macho e fêmea Ida e Pingala se entrelaçam no eixo central 'sushumna' de nossa espinha, entrelaçando entre as 'rodas giratórias' de nossos chakras. No seu livro Hunbatz Men dá a evidencia de antigos figurinos de barro Maya, com quatro pontos na base da espinha, seis no umbigo, etc. - o número de pontos de cada um desses 'centros de poder' correspondendo com o total de 'pétalas' de cada chakra no sistema Hindu!

Hunbatz afirma que o retorno de Quetzalcoatl, seria uma metáfora de ativação dos chakras e a ascenção da Kundalini. O dilúvio bíblico quando Noé aparentemente construiu a sua arca foi um evento histórico provado. Supostamente o próximo 'apocalipse' será por fogo. Não seria legal se esse 'fogo' fosse o 'fogo' metafísico da kundalini ao invés de um cataclisma ecologico literal?
O que o 'retorno de Kukulcan' implica? A ascenção de Kundalini em muitos? Ou seja, o despertar a consciência coletiva e iluminação em massa? A ascensão de serpentes microcósmicas em nossas espinhas e as grandes serpentes da terra? Em muitas culturas antigas a ascenção de uma grande serpente significa o 'fim do mundo' ou o 'fim do tempo', grandes mudanças. Para os aborígenes australianos a ascensão da serpente do arco-íris significa o fim do mundo. Os nórdicos (que também aparentemente profetizaram a vinda dos 'guerreiros do arco-íris', apesar de eu ainda ter que encontrar evidencia sobre isso) falaram do Ragnarok, a batalha os Deuses no fim do mundo, quando o lobo do caos Fenris, consome o sol e a serpente Midgard, a grande serpente circulando a árvore do mundo (Yggdrasil), ascende.
Essa serpente que morde o próprio rabo foi chamada de Oroboros pelos antigos Gregos e Tiamat pelos Babilônicos. Na bíblia é Leviathan, e a besta do apocalipse tem o número 666. Na Kabbalah judaica 6 é o número do sol, sugerindo como no mito nórdico que nosso sol pode ser destruído ou nos destruir (diminuição da camada de ozônio?).

O baktun final (13) da contagem longa Maya foi o baktun de AHAU, que representa a consciência solar - uma era solar, quando nós começaremos a sintonizar mais no centro galático, via as mensagens para os nossos chakras do plexo solar através nosso próprio sol ou kin.
Robert Coon - uma das pessoas que mapearam os centros dos chakras globais onde o Crepúsculo de Prata executou o Trabalho de Chakra Global - prefere o calendário Asteca, que ele afirma substituir o calendário 'morto' Maya, e assim coloca 2039 como o 'retorno de Quetzalcoatl'.

Mas o que é o 'fim' senão outro começo? É mais provável um retorno ao tempo dos sonhos primal xamanico quando matéria e espirito eram indiferenciados. Lançando-se através da lemniscata:

Aqui nós vamos novamente para os portais da aurora, quando o tocador da flauta tocava suas flautas. Ele atraia para baixo a lua com seu tom e os portais se abriam. Osiris ascenda. Ó Pai ascenda novamente. Portanto a processão começava, a progressão dos aeons...

Agora vamos examinar cada era do inicio até agora, e as suas várias interpretações...

O inicio foi chamado o tempo dos sonhos. O Aeon xamanico e o Aeon sem nome. Não é o início do tempo como tal, mas um prologo a ele, como o tempo não era registrado e nem mesmo necessariamente reconhecido. É muito tempo atrás para sabermos. Tal como o futuro, está borrado em mito e especulação. 'História' tal como um registro de eventos sequenciais, certamente não tinham começado.
Para os aborigenes da Australia, isso é chamado o tempo dos sonhos. É o tempo do mito, quando os espiritos ancestrais criaram o mundo. Claro que um desses seres antigos é a serpente do arco-íris atemporal, Almudj.
Outro arquetipo do Aeon xamanico é Pan. Um representativo do animal antigo atavistico e primal no homem, o Deus/a de Chifres era 'tudo' nesse aeon. Portanto surgiu a palavra grega Pan, significando 'Tudo'.
Aion conta sobre Aeon sem nome e a corrente de Pan no seu "Livro do Portal chamado Pan", o texto central do 'Livro do Chifrudo' (The Book of the Horned One', Concrescent Press 2012) descrevendo simbologias qabalisticas e ocultas a essa entidade primal. Pan é 'a besta' dentro da humanidade, dominante antes do ínicio da civilização. Portanto o fim  dos tempos com sua 'besta do apocalipse' novamente conecta de volta ao inicio.

Mas esse 'Aeon sem nome' é de todas as maneiras presente, portanto a simbologia/mitologia recorrente do Deus/a de Chifres. É o eixo central do caduceu/leminiscato, o sushumna através do qual os outros aeons são tecidos e se cruzam. Tal como a besta - nossa natureza animal/instintiva subjacente - está sempre inerente dentro de nós apesar do veneer da civilização, portanto o sonhar central sempre está lá, por mais submersso que possa estar por algum paradigma materialista ou racionalista. E nós devemos sempre re-tornar...

Na Qabalah, a tradição esoterica subjacente por detrás do que se tornou a religião exoterica bíblica do Cristianismo, há uma fórmula chamada Tetragrammaton. Há uma palavra de quatro letras (tetra=quatro) para Deus no antigo alfabeto hebraico: YHVH - mas é também uma formula mágicka para quatro aeons sucessivos. Estão relacionados os quatro elementos existente, e assim como a Qabalah aparentemente tem suas origens no conhecimento antigo egípcio, cada um desses aeons carrega uma deidade egípcia como seu 'representante' simbólico ou titulo.
A primeira letra, Yod, representa Osiris, o 'He(h)' Isis, o 'Vau' Hórus e o final 'He' Maat: O pai, a mãe, o filho e a filha. Essa é uma visão muito ocidental dos períodos de tempo e certamente não se aplica ao mundo todo historicamente, mas mesmo se reconhecido como uma perspectiva limitada historicamente, ainda assim oferece alguns insights interessantes para as partes do mundo no qual se aplicam.

O Aeon de Isis, o Matriarcado, na verdade precedeu o de Osiris apesar da a ordem aparente contraditória das lestras YHVH, que está ordenada de acordo com a idéia da semente masculina (o Y ou Yod da formula) iniciando o processo de concepção ao invés de uma reflexação da progressão aeonica. O Aeon de Isis foi o primeiro 'aeon' da história. Nada era registrado ainda, mas a civilização definitivamente começou. A mãe, Deusa da fertilidade, reinou enquanto a agricultura deu inicio. A lua e a terra eram adoradas e veneradas como Deusas sagradas. A cultura básica pagã floresceu.

Então gradualmente o patriarcado surgiu. O advento do calendário solar trouxe o Aeon de Osiris, o pai. Os cultos solares pagãos floresceram. Surgiu a religião organizada. O cristianismo começou a se espalhar ao redor do mundo, se tornando eventualmente  o paradigma dominante enquanto ele substituiu as mitologias do velho mundo e panteões com seu dogma monoteistico de 'um Deus (homem)' Simultaneamente nós vimos a ascensão do racionalismo materialista cientifico e o advento da industrialização. A tecnologia começou a progredir em um ritmo acelerado, e a arte começou a estar submersa por detrás do ataque devastador da praticidade.
A magia se tornou esotérica, oculta, escondida. O ritual, a dança das pessoas comuns com os elementos durante o matriarcado, se tornou the cloistered province do sacerdócio patriarcal. Esses poucos que continuaram os caminhos antigos fizeram de maneira secreta, temendo a fúria a igreja fundamentalista e suas inquisições.

De qualquer maneira a magia e o paganismo continuaram nas sombras, e como a ciência se tornou ainda mais dominante, Aleister Crowley emergiu como um representante do renascimento oculto. Nessa época praticamente todos que se interessavam por magia eram considerados malignos, portanto ao invés de tentar refutar isso Crowley explorou a imagem sinistra como 'o homem mais perverso do mundo', representando o adversário e atraindo muitos que estavam frustrados com a mediocridade da Igreja e Estado.
As práticas de Crowley realmente introduziram um elemento de 'ciência' para a magia como nunca antes, introduzindo metodologias ainda mais precisas enquanto ainda revelling na poesia da cerimonia e do ritual.

Entra o Falcão: Em 1904, Crowley inaugura o 'Aeon de Hórus', a criança coroada e conquistadora com a recepção do Livro da Lei, , 'Liber AL vel Legis'.
O aeon do filho ou criança nasceu com o expurgo da primeira guerra mundial, que Crowley viu como o limpar dos escombros  do velho Aeon. Hórus é o senhor guerreiro com cabeça de falcão, filho de Isis, a mãe e Osiris, o pai, cujo trono ele herdou na antiga formula do Tetragrammaton.

A influencia de Crowley e seu trabalho no mundo oculto é vasto, se alongando em muitos cantos mal-iluminados de várias seitas e ordens. A recepção de informação similar independente, também com imagem de falcão, por outros tais como o psíquico Uri geller, o revolucionário psicodélico e psicólogo Timothy Leary, o autor/filósofo quântico Robert Anton Wilson, e o fundador da Federação Damanhur ('Cidade de Hórus') Falco, alimenta as afirmações de Crowley de transmissões de fontes extraterrestres, aparentemente através das estrelas binares de Sirius; ou pelo menos confirma as sementes de nossa consciência coletiva plantada pelos antigos egípcios (uma cultura muito similar em interesses astronômicos e arquitetura com os Mayas) que adoraram Sirius como Sothis.
Externamente, o aeon da criança também aparenta estar se manifestando. Desde da década de 50, um novo espirito de rebelião da juventude emergiu dos valores conservadores do patriarcado, com o advento da musica rock ao movimento hippie flower power ao reacionismo do punk a síntese corrente de todas essas subculturas (e mais) em uma nova prole que geralmente abraça ambas tecnologias modernas e espiritualidade do velho mundo. Paganismo, panteísmo e mesmo atitudes animísticas re-emergem e a igreja cristã começa seu declínio em estagnação.

Continua...

Escrito por Orryelle Bascule-Defenestrate
Tradução: 
AShTarot Cognatus


O tempo do calendário chegou. A nova era se inicia agora. Os deuses mayas retornam para governar. Kulkukan governa a todos!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ZUVUYA - Um estudo de Aeonicas


Na cosmologia védica hindu, nosso período atual é a Kali Yuga ou era final onde o caos reina - certamente esse parece ser o caso - apesar que isso se segue com o retorno da nova era dourada de acordo com suas crenças. Inevitavelmente eu suponho, apesar que eu suspeito que ainda um monte de morte e destruição necessite ocorrer antes que possamos ver esse novo alvorecer glorioso.

A concepção hindu dos ciclos de tempo é inacreditavelmente vasta. Uma única yuga é considerada durar 24.000 anos ou mais - um ciclo total de predecessão dos equinócios - e tudo isso não passa de um piscar de olhos de Shiva. Quando Seu terceiro olho abrir, aparentemente o mundo fenomenal irá totalmente desaparecer de volta ao grande vazio - a yoni cósmica de Kali, o "ventre da grande mãe" dos mayas, a fenda escura da via láctea?

Mas deixe-nos mover agora do vasto circuito de tempo que os indianos chamam de yugas para talvez um modelo mais fácil de compreender sobre as eras, que no ocidente nós chamamos de Aeons. Um Aeon é um conceito ocidental de um era ou um longo período de tempo, geralmente por volta de 2000 anos. Nesse século houveram várias especulações sobre o significado desse aeon. Vários modelos e formulas aeonicas foram projetados não só para mapear o progresso dos aeons, mas também os padrões do passado em especular o futuro do nosso planeta e nossas especies nos aeons que virão.

Quando o presságio do segundo milênio que estamos adentrando levantou sua cabeça, seguida por uma próxima sucessão pela 'mudança de paradigma' de 2012, muitas teorias surgiram em abundancia sobre o futuro da humanidade. Ambos desses ápices aeonicos passaram sem catástrofe - pelo menos não nas datas atuais profetizadas (2000 e 2012), mas vários desastres 'naturais' ocorreram em um breve período entre esses marcos de ansiedade e esperança global: uma inundação de terremotos e tsunamis que foram pelo menos parcialmente repercussões de uma interferência humana nos ciclos e ritmos terrenos, ao invés de ser somente expressões de tais. O desastre de Fukushima no Japão destacou definitivamente a infraestrutura ténue das nossas civilizações, enquanto o 'desastre natural' inicial de terremotos logo foram reduzidos pelo perigo de radiação das bases nucleares que foram devastadas. Enquanto que isso acordou alguns poucos milhões de pessoas para a realidade de tais perigos óbvios e o Japão parou de usar energia nuclear, o governo do Estados Unidos respondeu que suas bases nucleares são 'seguras' (mesmo as que foram construídas nas falhas geológicas da Califórnia) e depois de alguns meses em que as pessoas temiam o que era o inicio do fim, a vida voltou ao normal para maioria.

Nós iremos sofrer o apocalipse de proporções bíblicas, nossa ecosfera em colapso enquanto nós consumimos os recursos cada vez menores da Terra, ou essa mesma tecnologia avançada que nos trouxe a beira da auto-destruição pode nos salvar, ou ao menos permitir que nós escapemos para outro planeta/ sistema solar / dimensão? Ou nossa salvação está na rápida evolução espiritual? Portanto eu penso que somente uma combinação pode evitar um desastre para humanidade, uma vez que nossos avanços tecnológicos ultrapassam nosso avanços espirituais, o que causou muitos problemas. Nessa era de mudança acelerada e impedimento de um desastre potencial, vários paradigmas estão sendo apresentados.

Um desses paradigmas é o aparecimento da 'Era do Quantum'. Essa teoria - que há muitas realidades diferentes criadas por muitas perspectivas diferentes - explica a proliferação de diferentes teorias aeonicas. Entretanto nesse 'aeon de aeonicas', há linhas de relação e uma estranha consistência de visão por detrás, se alguém olhar além das diferenças externas aparentes dos pontos de vista.

Ao invés de somente apresentar mais uma visão eclética pessoal, meu objetivo nas seguintes páginas é mostrar como diferente formulas aeonicas de vários indivíduos, seitas e culturas estão entrelaçadas; para formar uma visão coletiva total de onde nós estávamos, onde nós estamos e para onde nós estamos indo.

Nós vivemos em um tempo de diversidade cultural, e também unificação global. Essa tem sido chamada a 'Era da Informação'. Nunca antes uma vasta variedade de informação esteve disponível tal como agora pelas redes de comunicações modernas. Nós temos acessos a todas as culturas, todas as raças, todos os lugares. Enquanto que a profundidade e as sutilizas do contato direto podem geralmente ser perdido através de tais grandes distancias ou conexões virtuais, ela permite uma visão geral de diferentes paradigmas culturais e sub-culturais como nunca antes. Combinado com o aumento de meios para viagens físicas ao redor do planeta, essas novas tecnologias de comunicação permitem o entrelaçamento e a fusão de diferente culturas. Ainda que infelizmente a mentalidade de monocultura materialista consumista de produção em massa ocidental ainda seja dominante, há por de trás dela uma cultura global emergente. Isso é evidente na juventude de hoje em dia, que aparentemente está fazendo uma mudança gradual da 'Geração X' hedonista que não se preocupa com nada, em uma aceitação e integração de uma multidão de diferentes aspectos culturais.

Há uma profecia indígena Hopi que está relacionada a essa cultura emergente planetária. No meio de várias outras profecias que foram evidentemente cumpridas - tais como 'cavalos de ferro' e as 'teias de aranha que se estendem pelo céu' de tais tecnologias mencionadas acima - nessa passagem:

'Quando a terra estiver doente e os animais tiverem desaparecido, haverá uma nova tribo formada de todas as culturas e todas as raças, para curar a terra. Essa tribo deverá ser chamada os 'Guerreiros dos Arco-Íris'.

Essa profecia foi orgulhosamente abraçada pela contra-cultura dos anos sessenta e setenta, os beatniks, os hippies e as crianças-flores com seus vestidos coloridos que foi o inicio do movimento moderno de ecologia. Como a situação ecológica se tornou mais urgente, mais defensores mainstream do meio-ambiente também começaram a se proliferar, enquanto novas subculturas hibridas também se proliferam com alternativas a cobiça dos consumidores e o marketing de massa.

Depois dos hippies se seguiram os punks, reagindo contra o idealismo e vibrações de paz e amor 'dando a outra face' com uma agressão reacionária e energética para ajudar a quebrar as estruturas do controle politico e social.

O entusiasmo jovial e a rebelião de tais movimentos resume o conceito de Crowley desse ser o 'Aeon de Hórus' - pois Hórus/Heru é o 'Senhor da força e fogo' e um Deus-criança. Mas esse tipo de atitude punk se deixada desapercebida e desequilibrada pode somente espalhar o caos entropico ou meramente substituir o pai com o filho que cresce para fazer os mesmos erros e causar os mesmos problemas patriarcais.
É aqui que entra Maat: a deusa da justiça, seu simbolo são as balanças. Ela é a força equilibradora que nós precisamos evocar, e o relacionamento dela com Hórus, para formar uma dupla-corrente no nosso Aeon será examinado breviamente...

É de vital importância que a profecia Hopi dos guerreiros do arco-íris seja mantida no que realmente ela significa - unidade na diversidade, e aceitação. Há certos indivíduos e grupos que gostariam de pensar que eles são O povo do arco-íris e na realidade se tornaram de mente fechada, incapazes de aceitar quem não abraça seus dogmas nova era ou quem oferece novas perspectivas alternativas.

O movimento Rainbow (arco-íris) tem demonstrado que ainda é possível viver em harmonia com a terra e uns com os outros. Rainbow Gatherings (encontros do movimento Rainbow) ao redor do mundo continuam a acontecer, livre da sociedade 'normal' e vivendo uma democracia idealista e ainda efetiva de 'consenso total'. Entretanto, nós precisamos expandir para estabelecer mais comunidades auto-sustentáveis de longa duração.

Essa profecia Hopi é também chamada 'a décima terceira tribo', sendo uma nova tribo global que emerge da união das 'doze tribos' ou raças-raiz da humanidade. Essas 'doze tribos' também existem na Bíblia, cuja profecias trazem uma afinidade estranha com muita das profecias Hopi. Enquanto a a bíblia não faz nenhuma referencia a uma décima terceira tribo - e ainda a religião patriarcal cristã é responsável por marcar o treze como um número do 'azar' por causa de sua relação com os círculos femininos/lunar - e é interessante notarmos que com seus doze discípulos Jesus se torna o décimo terceiro.

Eu tive uma visão intensa de um tear de chakra em grupo relacionada a ideia de uma décima terceira tribo, que simbolicamente une muitos dos paradigmas culturais e correntes aeonicas discutidas aqui. Foi manifestado como o tear da décima terceira tribo.

A regra de 'sem eletricidade' em muitos 'Rainbow Gatherings' fazem uma quebra renovadora na sociedade orientada por aparelhos em que muito de nós vivemos; mas alternativas de longo termo também devem ser solicitadas - novas tecnologias limpas que trabalham junto com a biosfera da terra, ao invés de contra ela. Isso está começando a acontecer. A tecnologia digital está mais refinada e amigável ecologicamente que os monstros toscos da era industrial, e a informação eletrônica reduz a necessidade de papel das árvores.
É muito tarde para voltar a trás para uma era sem tecnologia moderna. Enquanto aprender a viver simplesmente na terra desligados, sem depender de aparelhos, é um processo vital - especialmente se nossa sociedade tecnológica entrar em colapso ou auto-destruição - nós também precisamos nos mover adiante em harmonia tecnológica com nosso meio-ambiente. É a atitude de humanos, a cobiça e a exploração, que nos coloca em perigo ao invés de ferramentas. Nós devemos pensar mais sobre o que nos fazemos, e criar de acordo, ao invés de se apressar ambição cega e linear a curto prazo.

No 'Fator Maya' (Editora Cultrix., ed. 8, 2009) Jose Arguelles escreve sobre ir 'além da tecnologia' afirmando corretamente que "o conforto tecnológico do século 20... é um encerramento dos campos dos sentidos e um estreitamento de percepções... tal como um animal preso sufocado com seus próprios excrementos."

Tecnologia também está fazendo muitas coisas maravilhosas para nós e nosso planeta; oferecendo desenvolvimentos incríveis na ciência medica e comunicações globais. Descobertas recentes na bioengenharia genética e nanotecnologia, sugerem que esse campo irá avançar nos próximos dez anos na mesma proporção que tecnologia de computadores avançou nos últimos dez anos ou talvez até mais rápido, oferecendo possibilidades em que a ciência poderá redefinir nossa própria carne e formas, mais cedo do que nos imaginamos. Eu acredito que nós podemos nos mover através da tecnologia para o próximo paradigma, nossa tecnologia irá se desenvolver até nós criarmos praticamente qualquer realidade física que nos desejarmos. No ponto em que nós realizarmos esse potencial infinito, cada vez mais pessoas irão se tornar consciente de nossa própria divindade inerente e realizar que nós não precisamos de nenhuma ferramenta para isso: 'tecnologia' se tornará obsoleta quando nós transcendermos o paradigma materialista-cientifico via sua ultra-manifestação enredado com nosso próprio DNA nos trazendo de volta para nosso próprio poder do DNA latente (e o vasto 'junk DNA/Matéria Negra' que não usamos)

O único verdadeiro bloqueio para esse potencial é o abuso da tecnologia, pois seu desenvolvimento aparenta estar atualmente focado em lucro a curto-prazo de produzir 'criaturas de conforto' para nos isolar dos problemas de nosso mundo e cultura, ao invés de lidar com eles. A mudança envolve um aumento de conscientização da teia da vida, da interconexão delicada e sutil entre todos os seres - os humanos como animais, outros animais, plantas e minerais.

Arguelles também fala do uso da rede global de computadores e templos radiosonicos de sons harmônicos (a antiga dança de transe a noite toda revivida através dos festivais 'techno' - mesmo os encontros mais mainstream tem um vago sentido de ritualismo a respeito deles) - alguma profecias desde que 'O fator maya' foi publicado, se manifestaram.

Enquanto que algumas interpretações pessoais e projeções do Arguelles foram talvez super-otimistas e imprecisas, suas premissas básicas aparentam ser bastante sólidas. Ele viu na cultura Maya, a incrível civilização avançada que eles foram, fazendo gráficos de movimentos astronômicos e círculos do tempo com uma precisão igual a providenciada pelos nossos instrumentos modernos. Seus calendários foram além do simples mapear das maquinações físicas do sistema solar, nos mostrando como a informação viaja de Hunab Ku, o centro galáxia, até nós via nosso sol.

Um sacerdote Maya moderno, Hunbatz Men, afirma no seu livro 'O Maya: ciência/religião' que para a antiga cultura Maya não havia diferença entre a ciência/tecnologia e magia/religião. Mitos são matemática, cada número sendo um simbolo metafórico importante ao invés de ser somente um meio de cálculo. De maneira similar, na tradição esotérica ocidental da Qabalah, números tem seu significado além da capacidade de um mero instrumento de medida. Os valores simbólicos dos sephiroth são de fato, extramente similares a numerologia Maya de 1-13 como descritos no livro do Arguelles.

A divisão entre ciência e magia, começando com a 'era da razão', quando a industria e a 'racionalidade' começaram suas investidas, que tem sido amplamente responsáveis pela atual crise planetária. A praticabilidade material sacrificou a estética e a mitologia na busca pelo conforto mundano e a conformidade. Mas gradualmente essa dualidade está sendo transcendida. A 'Ciência' está começando a reconhecer as possibilidades que tem sido conhecidas no mundo da magia há um longo tempo.
A física quântica, a teoria do caos e similares, permitem os fatores aleatórios e saltos de perspectiva que ficaram confinados por um longo tempo nos reinos do misticismo. De maneira similar, a magia tem se tornado mais 'cientifica', redefinindo sua metodologia, abraçando o paradigma quântico/do caos, e vêm empregando a tecnologia moderna como uma outra ferramenta mágicka. No atual estado de nossa divisão prolongada é difícil apreciar totalmente essa síntese. Talvez nossa tecnologia irá se desenvolver a tal ponto onde possamos manipular a matéria quase que instantaneamente com a magia de nossas mentes.

"Qualquer tecnologia avançada o suficiente é indistinguível da magia"
-Arthur C. Clarke

Continua...

Escrito por Orryelle Bascule-Defenestrate
Tradução: 
AShTarot Cognatus

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A Corrente 23


Durante a ultima década, as pesquisas realizadas por vários membros da Esoteric Order of Dagon sugeriram que estão chegando duas "correntes mágickas" ou "zeitgests" nos tempos atuais. Essas podem ser expressas como a "Corrente 93" e a "Corrente 23". Até agora, foi a primeira que recebeu mais atenção, ambos em termos de análise acadêmica e atividade cerimonial. Os elementos básicos de sua força mágicka extraterrestre podem ser listadas como se segue:

Profeta: Aleister Crowley
Interpretador: Kenneth Grant
Organização: Ordo Templi Orientis
Sistema Mágicko: Sexual
Livro: Liber Al vel Legis/O Livro da Lei

A corrente 93 também pode ser descrita como sendo a mais visível, ou física, na sua manifestação. Como Kenneth Grant deixou claro em sua "Trilogia Tifoniana", os mistérios reais da corrente 93 são realizados via mecanismos psicosexuais do organismo humano.

Em paralelo direto, os elementos chaves da corrente 23 podem ser traçados como se segue:

Deidade Aeonica: Cthulhu
Avatar: Nyarlathotep
Sacerdote: Nephren-Ka
Profeta: H.P. Lovecraft
Interpretador: Randolph Carter
Organização: The Esoteric Order of Dagon (A Ordem Esotérica de Dagon)
Sistema Mágicko: Onirica
Livro: Necronomicon/O Livro dos Nomes Mortos

A corrente 23 é portanto uma contraparte sutil da 93, sua manifestação tomando a forma do "sonho realizado" e o sabá astral (veja "Sonhos na casa da bruxa"). O amplamente difundido corpo de iniciados conhecidos como E.´.O.´.D.´. constituem uma antena gigante, sensitiva de ressonâncias rarefeitas e capazes de comunicar a informação recebida via criatividade mágicka ("A chave de prata"). Essas "mensagens" geralmente tomam a forma de experiencias de sonhos em locais específicos, e envolvendo seres estranhos e artefatos. Como era de se esperar, muita das iconografias desses sonhos é compartilhada por membros individuais, mesmo entre aqueles que não tem nenhum contato mundano com seus sonhadores prévios.

O tempo dos abissais (deep ones) é iminente, e os sonhos de R´lyeh assombram a mente dos escolhidos. Ia! Cthulhu fhtagn!

Escrito por Peter Smith
Tradução: AShTarot Cognatus e Daath Orion

Fonte: The infernal texts Nox & Liber Koth

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ordo Sunyata Vajra


"Não há lei além de Faça o que tu queres."
- Liber AL vel Legis, III:60

"Deve-se dar lugar à mente que não habita em nenhum lugar."
- O Sutra de Diamante


Faça o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Ordo Sunyata Vajra, a Ordem do Vazio Adamantina, é um veiculo da Gnose estelar de Thelema, expressando as raízes profundas do Aeon da criança coroada e conquistadora que descobre sua fonte na corrente primeva de iniciação que influencia a humanidade desde a aurora do tempo.

Influencias da Gnose estelar foram descobertas ao longo da história, sendo que apareceu primeiramente associado com as lendas da Lemúria e a cidade submersa de Atlântida. As eras pré-dinásticas do antigo Egito, e os cultos draconianos das dinastias negras posteriores, viram o ressurgir da tradição estelar que transitou nas tradições ocidentais de Hermetismo e Qabalah. No oriente, as grandes filosofias "não-duais" das tradições Prajna-Paramita do Budismo, Taoismo, e Vedanta, para nomear algumas, passaram esses ensinamentos de uma forma velada.

Thelema incorpora essa evolução viva desse ciclo de despertar direto, as correntes da Sabedoria Estelar amadurecidas na quintessencia de uma nova dispensação do Aeon de Hórus. Traçando suas fontes através de raízes profundas, a Ordem incorpora aspectos de ambos magia cerimonial ocidental e ritual e misticismo oriental, providenciando uma expressão unica de magia ritual Thelemica e misticismo interno que está fundamentada de maneira sólida nos princípios do Liber AL vel Legis, o Livro da Lei.

Ordo Sunyata Vajra não é uma ordem de treinamento. Nós não temos juramentos de fidelidade, nem temos taxas para afiliação. Os membros são esperados a trabalhar em sua própria Luz, o fruto da iniciação sendo o resultado do trabalho realizado. Entretanto, nós temos vários níveis de afiliação aos que desejam uma exploração mais profunda de nosso Trabalho.

Um ritual público central, a Gema Diamante Safira de Luz Radiante, é aberto a todos os interessados em celebrar os mistérios profundos de Thelema como indivíduos de mentalidade semelhante.

Possa a Luz, Vida, Amor e Liberdade ser estendida universalmente a todos, sob a regência de uma Lei de Thelema.


Amor é a lei, amor sob vontade.

http://www.ordosv.org/

quinta-feira, 27 de março de 2014

O Aeon da ascensão de Cthulhu

Por Tenebrous

Tradução: AShTarot Cognatus.
Colaboração: Daath Orion

"Também não é para se pensar... que o homem é o mais velho ou o último dos mestres da Terra, nem que a massa comum de vida e substância caminha sozinha. Os Antigos foram, os Antigos são e os Antigos serão. Não nos espaços que conhecemos, mas entre eles, caminham serenos e primitivos, sem dimensões e invisíveis para nós. Yog-Sothoth conhece o portal. Yog-Sothoth é o portal. Yog-Sothoth é a chave e o guardião do portal. Passado, presente e futuro, todos são um em Yog-Sothoth. Ele sabe por onde os Antigos entraram outrora e por onde Eles entrarão novamente..."
H.P. Lovecraft, O Horror de Dunwich (como sendo do `Necronomicon')
O século em que nós vivemos testemunhou o nascimento de um Novo Aeon; ou ainda, o retorno de energias e entidades, através de vastos abismos de tempo e espaço, de eras primitivas que antecedem por milênios o aparecimento da humanidade na Terra. Em seu principal conto de mitos, O Chamado de Cthulhu, Lovecraft esboçou os primeiros presságios de seu retorno, as bordas externas de cuja pericosis (intercessão) com nosso próprio continuum é detectado pela "antena" de poetas, escritores e artistas sensitivos e incrivelmente sutis - mais especificamente estes que já são alinhados com o conceito de "exterioridade" através de suas próprias explorações de assuntos alienígenas, exóticos, bizarros. E de fato,  é através do trabalho de tais artistas que as primeiras alusões e descrições dessas forças e entidades encontram expressão.
Esse "Novo Aeon" atualmente é conhecido por uma variedade de nomes por diferentes cultos: a "Era de Aquário" astrológica; O "Aeon de Hórus" Thelemico, inaugurado pelo avatar Aiwaz, em 1904 e.v.; O "Aeon de Maat" de Frater Achad, a Era da Verdade e Justiça; e por aí vai. Para o corpo particular de magistas, artistas, escritores, e outros visionários do mito de Cthulhu que constituem a Ordem Esotérica de Dagon (E.O.D.), a era emergente é reconhecida como o Aeon da ascensão de Cthulhu, com referencia ao trabalho de ficção profético de H.P. Lovecraft, como delineado acima. Como a sua descrição da onda inicial de energia Aeonica (que tem efeitos drásticos no sonhos de indivíduos "sensitivos" ao redor do mundo) coincide com a ascensão da ilha de R´lyeh em 28 de fevereiro de 1925 e.v., a E.O.D. enumera este evento como Ano Um, A.C.
Entretanto, antes que o influxo completo dessas forças ancestrais no nosso continuum de espaço-tempo presente possam ser facilitadas, os portais primordiais e secretos devem ser localizados, e abertos, para permitir acesso dos que estão "fora dos círculos dos tempos". Esse portal foi descrito por Lovecraft como um dos próprios Grandes Antigos - "O nocivo Yog-Sothoth que espuma como lodo primordial em caos nuclear em seu posto avançado localizado na mais profunda inferioridade de espaço e tempo." Como guardião do portal, ele é sinônimo com Choronzon. Este próprio "posto avançado localizado na mais profunda inferioridade" seria uma abertura ou janela para a dimensionalidade dos Grandes Antigos (Universo B), é a estrela Sothis, ou Sirius.
Por sua vez, o portal de forças do Novo Aeon (Yog_Sothoth) é identificado com a "não-Sephiroth", Daath, na Árvore da Vida qabalistica. Como explica Kenneth Grant:
"Agora é possível ver o fluxo continuo e evoluções de Aeons ocorrendo simultaneamente e passando pelo mundo da anti-matéria. O Yog (ou Yug... um aeon ou era...) de Sothoth é o contraponto - como o Aeon de Set-Thoth, ou Daath - de seu gémeo, o Yug-Hoor, ou Aeon de Hórus. Yog-Sothoth é o portal através dos aeons para a estrela-fonte além de Yuggoth, o Yug ou Aeon de Goth."
Fora dos Círculos do Tempo (Outside the Circles of Time, p. 214)
Portanto, o conhecimento e a formula pelo qual este portal pode ser reaberto, só pode ser percebido através do vórtex negativo de Daath. No caso, do próprio Lovecraft, que na sua vida desperta negou veemente a real natureza do material que ele estava lidando, o processo de apropriação foi quase que completamente subconsciente, ocorrendo através  da experiências nos sonhos.  Como seria esperado, as visitas de tais revelações ultra-cósmicas e inumanas tomaram a forma dos pesadelos mais horrorosos. 
Pela mesma razão, esses iniciados da E.O.D. que estão trabalhando para a abertura do portal de Yog-Sothoth devem estar preparados para realizar essa descida mais perigosa ao abismo de Daath (o assim chamado "falso conhecimento") afim de ativar essa formula efetivamente. Esse processo envolve a projeção de parte de si-próprio nesses espaços "intermediários", do quais Lovecraft faz repetidas referencias, e que constituem a existencialidade dos próprios Grandes Antigos. É aqui que esse "falso conhecimento" (descrito por Lovecraft como um grimoire, Necronomicon) pode ser descoberto e recuperado, trazido novamente através do vórtex de Daath, e finalmente dado uma manifestação externa concreta e real.
-oOo-