quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A canção de um Satanista

Stephen Brown, ONA 103yf
Traduzido por Diabolus Potentia
Revisado por AShTarot Cognatus


Modelo: Raiza Ishtar

Em um importante sentido, a maior parte de minha vida representa genuíno Satanismo em ação, indo a extremos, aprendendo da experiência destes extremos, e realizando atos obscuros, perigosos e por vezes “ilegais”.
Esta vida consiste em forte contraste com aqueles pseudo-satanistas, alguns dos quais adquiriram alguma notoriedade e ‘fama’. Eu tenho – como um Satanista deve – sido intoxicado pela essência da própria vida, que inspira que gera criatividade, auto-absorção e gênios em todos os grandes artistas, sejam eles músicos, escritores, guerreiros, exploradores ou o que seja. Eu tenho ousado sonhar e desafiar – e ousado tentar e transformar meus sonhos e inspirações em realidade. Eu tenho usado minha vida para um propósito me esforçando em objetivos com uma paixão que supera qualquer obstáculo. Eu conheci um grande amor – fisicamente, intelectualmente e na alma, na essência da existência. Eu também conheci o oposto – a tristeza que espera todos que se aventuram no lado negro e duro do Abismo interior e exterior. E na síntese destas e outras coisas está a compreensão da sabedoria.
 Essa vivencia tem sido a extática afirmação da existência, a auto superação. O objetivo que me esforço é irrelevante para a maioria: o que era importante era o esforço para algo com paixão. Para tal esforço, a ação no mundo então implicava nesse esforço, era a intensidade que captura o imortal e que representa o espírito do Satanismo: o desafio heroico que é a essência de toda consciência evolutiva e toda civilização.
Tal exultação é perigosa. Pela sua natureza, é individual. É um anátema a estas formas e estruturas que sugam vitalidade e pelas quais sua própria existência, nivela os indivíduos por baixa e quebra ou tenta quebrar, seu espírito. É heresia. É teste. Alguns se tornam possuídos, outros perecem, outros são quebrados em espírito e descem a mediocridade da maioria; outros são pegos e enlaçados por aqueles que aderem a estas coisas que sugam a vitalidade (tal como ‘religião’ e ‘lei’ e ‘ética’). Mas alguns sobrevivem e prosperam e então, inspiram outros a se aventurarem onde ninguém mais ousou ir antes. E nestes poucos que sobrevivem, há alguns que conseguem expressar em palavras ou outros meios (como música) o que eles sentiram, experimentaram e aprenderam, em uma forma a qual é facilmente compreendida. Estes são poucos e realmente perigosos...
Impressiona-me quando eu entro em contato com estes auto-professados ‘satanistas modernos’, pessoas que são parte de ‘Templos’ ou ‘Igrejas’ ou ‘Cultos’ ou trabalhando sozinhas. Com poucas notáveis exceções, estas pessoas são ridículas – para eles, Satanismo é uma filosofia intelectual, uma coleção de rituais e/ou atitudes anárquicas. Para eles, é um objeto de abordagem religiosa e atitude. Para eles, é uma glorificação de seus egos e afundar-se nos prazeres e indulgências que esta existência oferece: uma desculpa para a auto-indulgência e falta de disciplina.
Na realidade, Satanismo é a atitude de viver – uma atitude estranha a aqueles mais urbanizados que se professam Satanistas. Satanismo significa viver a vida de certa maneira – conquistando coisas, no mundo real pelos próprios esforços e exultando na existência de forma consciente. Ou seja, a vida é intencional – lutando para alcançar uma existência maior por meios práticos, superando desafios que trazem revolução a novos reinos. Um Satanista luta para mudar a si mesmo e então mudar o mundo ao redor. Eles desejam por glória, fama para serem significantes. Eles não estão nunca contentes, nem quando um objetivo é alcançado, pois é necessário achar e lutar por um novo objetivo, outra forma de viver. Sempre há outra experiência aguardando – novos níveis de conquistas.
Um genuíno Satanista precisa de ação, novos desafios, porque eles possuem em si o ‘Fogo de Satã’, que é a vitalidade e a quintessência da vida. Essa vitalidade é mostrada em seus olhos, seu caráter – e é evidente em suas ações.
Fundamentalmente, alguém se torna Satanista agindo como um – realizando atos Satânicos. Um Satanista de experiência poderia dizer um ou mais destes atos: “Eu tenho experimentado combate; eu tenho experimentado mortes; eu tenho visto camaradas morrerem. Eu tenho amado e odiado. Eu tenho descoberto algo pela primeira vez. Eu tenho ficado sozinho por meses, tenho abdicado de muita coisa, e então eu conheci a mim mesmo. Eu tenho encarado minha própria morte iminente, não uma, mas muitas vezes. Eu tenho alcançado objetivos com meu corpo que eu julgava impossíveis. Eu tenho exultado em superar desafios físicos, psicológicos e intelectuais. Eu conheço a paixão que motivou Beethoven, Van Gogh, Nietzsche e eu conheço os sentimentos e a grandeza de Caesar, Adolf Hitler e Alexandre o Grande. Eu tenho escutado a música da galáxia e as estrelas e planetas dentro dela. Eu tenho estado em uma cela de prisão e sei o significado da liberdade. Eu tenho limpado a escória humana. Eu tenho cometido atos criminosos – para aprender a desafiar. “
Mas claro estas coisas são somente exemplos – há muito mais. O que é importante é que elas expressam as experiências de um aprendizado realmente perigoso: elas criam caráter, elas testam. Elas são seletivas. Elas são o tipo de deveres realizados por indivíduos com espírito – o tipo de compreensão que um indivíduo possuiu, ainda que somente intuitivamente a princípio.
Um Satanista irá viver a vida no limite – irá conseguir uma profissão que permite a ele engajar-se em deveres de criatividade ou ação, ou ambos. Eles se tornarão experts em seus campos escolhidos - e estes campos irão naturalmente requerer pessoas de caráter e força interna que preferem trabalhar sozinhas. Campos como assassinato, Forças Especiais, manipulação Policial... E então, tendo alcançado, eles movem a diante – para novos deveres. Ou definharão e morrerão no fim.
Qualquer que seja sua qualidade de vida irá ultrapassar de longe a fraca maioria. Eles experimentam ambas as luz e trevas de forma mais profunda, mais extensiva e possuirão maior instinto e um maior entendimento, uma real profundidade de caráter.
Em contraste, os auto professados ‘satanistas’ serão vazios – somente palavras, com pouca ou nenhuma experiência real de viver no limite. Eles intimidam-se com reais esforços de auto-superação, e constroem mundos de fantasias nos quais encontram conforto. Eles precisam da companhia de outros, pois precisam que seu ego seja massageado pelo que eles chamam de ‘pares satânicos’. Eles falam muito com outros sobre Satanismo e provavelmente tendo aprendido somente teoria de livros e várias organizações, escrevendo seus próprios ‘ritos Satânicos’ os quais realizam com a alegria de um necrófilo.
Alguns destes habitantes de pseudo Organizações Satanicas e cultos irão se saciar em comportamento anárquico para impressionarem a si e aos outros. Mas ao fazê-lo eles revelam falhas em caráter – pois um genuíno Satanista possui a nobreza e autodisciplina que os outros falham em entender.
Imitações de Satanistas criam desculpas e teorias para explicar sua própria falta de feitos Satanicos no mundo real. Eles raramente, se alguma vez, mudam para algo maior após suas iniciações, e mais certamente não mudaram no mundo real de forma nenhuma, significante ou insignificante. Eles não alcançaram nenhuma glória – descobriram nada novo, não alcançaram nenhuma fronteira de entendimento nem de um micro. Ao invés disso, engoliram doutrinas obscuras e consumiram a droga da auto-ilusão. Para ser breve, eles não compuseram nenhuma canção Satânica que ilustre sua vida. Seu trabalho foi em vão. Poeta nascitur, non fit
A maioria dos Satanistas não poderia publicar uma autobiografia ou nem uma biografia que relate sua vida em detalhes enquanto estão vivos, pela simples razão de que renderia a eles um processo por parte dos guardiões deste mais estúpido sistema de ‘Lei’*. Se esta ameaça não existe, então a vida deles não foi satânica o suficiente. E, ainda mais, esta vida nunca estará completa até que a morte causal – algo que escrito a certa idade deve estar desatualizado poucos anos depois. Se não, então novamente, a completa promessa Satanica da existência não foi totalmente completa. O tempo da publicação de tais escritos deve ser após a morte causal de seu sujeito, ainda que uma versão expurgada possa servir como propósito, para que algumas experiências que se deseje expressar a essência, para que outros possam vir a superá-las. 
Em meu próprio caso, tenho escrito uma curta coleção de algumas experiências de minha vida Satanica, para publicação póstuma. Mas mesmo nesse MS, há algumas coisas não lembradas, para a chance deste MS cair nas mãos erradas antes do tempo certo. Tais lembranças – de feitos obscuros e ocasionalmente extáticos, por maioria ‘ilegais’ e todos eles ‘heréticos’ nesta sociedade cega – terão que esperar meu crepúsculo dos anos para serem recontados a camaradas Satanistas confiáveis. E mesmo este MS tendo sido escrito a apenas dois anos atrás, ele já está desatualizado...  
E nessa vivência, é a essência que é importante, não especialmente os detalhes. Dessa vivência, eu tenho destilado a quintessência em mundos que não podem ser compreendidos – desenvolvendo um método pelo qual outros podem obter um elixir. Eu tenho construído um guia para o objetivo, um mapa e explicado o objetivo em detalhes, porque eu tive lá. Eu explorei e descobri.
Agora, outros podem se beneficiar das lições aprendidas em uma vida. Non generant aquilae columbas.
Enquanto isso, eu antecipo as mentiras, rumores e distorções que continuarão baseadas em inveja. A pequenez e fraqueza de caráter tem sempre parecido sugar aqueles que estão abaixo do nível de mediocridade – ao menos aos olhos dos outros.



*Além do fato de que a maioria deles deseja continuar seu trabalho sinistro esotérico em segredo, para auxiliarem na dialética sinistra.

- Ordem dos Nove Ângulos -

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