domingo, 20 de março de 2016

A noite negra da destruição

Pintura do administrador do NBM Suas Senhorias Shree Shree Kalki-Chhinnamasta.

Por NBM Carolina do Sul
Tradução AShTarot Cognatus

O nome Kalaratri, traduzido como "Noite Negra" ou "Noite Negra da destruição", apresenta uma manifestação particularmente violenta e destrutiva da deusa Kali. Idêntica com Bhairavi (ainda que mostre funções administrativas particulares pelo seu nome), essa forma da deusa é adorada como a deidade principal de dois locais diferentes dentro da organização New Bihar Mandir (NBM) - como Suas Senhorias Shree Shree Kalki-Bhairavi em New Yama Loka localizado em British Columbia, Canadá, e Suas Senhorias Shree Shree Kalki-Kalaratri localizadas nos Estados Unidos.

De acordo com David Kinsley, Professor de Religião na Universidade MacMaster, Canadá, no influente livro “Tantric Visions of the Divine Feminine” (Visões tântricas do divino feminino) no que diz respeito a Kalaratri, "Ele é identificada com Mahapralaya, a grande dissolução no fim do ciclo cósmico, durante o qual todas as coisas, que foram consumidas pelo fogo, são dissolvidas nas águas sem forma da pré-criação."

Mais tarde nesse livro, Kinsley faz referencia a Kalaratri novamente na discussão da Mahavidya Kamala, "Como um Mahavidya, Kamala também se tornou associada com qualidades temíveis, que estão totalmente em falta no seu culto e adoração fora desse contexto. O hino de suas centenas e milhares de nomes no Sakta-pramoda, por exemplo, chamam-na Kalaratri (um nome terrível para Kali), "Aquela que usa uma guirlanda de crânios", "Ela cuja forma é terrível", Ghora (horrível), Bhima (terrível), e Tamasi: escuridão, literalmente, "Aquela que é tamas guna."). Apesar de qualidades benignas e auspiciosas dominam seu caráter como uma Mahavidya, uma dimensão perigosa e temível está sugerida nesses cognomes."

Para aqueles desejosos de verificar a natureza de Kalaratri em relação a suas atividades primárias macrocósmicas e sua natureza, como a corporificação do Mahapralaya, recomenda-se que seja utilizado como fonte primária de estudo, o Srimad-Bhagavatam como publicado e distribuído pela Bhaktivedanta Book Trust (disponíveis nas versões online no Vedabase.com) O Srimad-Bhagavatam é distinto entre os puranas na veracidade dar uma imagem ampla das atividades cosmológicas que acontecem durante e as que guiam até o fim de uma kalpa, ou a dissolução completa como ocorre na noite de Brahma.

De acordo com o Srimad-Bhagavatam, no final do ciclo cósmico, o terceiro olho do Senhor Shiva irá abrir e de sua testa, em fúria, irá surgir onze expansões conhecidas como Bhairavas, cada uma possuindo e exibindo uma qualidade particular utilizada afetando a dissolução. Antes do terceiro olho do Senhor Shiva se abrir e sua dispersão de Bhairavas, o Senhor Shiva irá transmitir através de meios telepáticos, as instruções de como afetar a destruição cósmica através de sua deidade adorável que é conhecida alternativamente pelos nomes Tamasi (que significa as trevas puras, inalteradas), Anantadeva ("Serpente eterna"), Ananta ("Eterno") e Sesa Naga ("Serpente de milhares de cabeças"), todas dos quais são O próprio VISHNU.

Ainda que Kinsley, identifica Kalaratri com Mahapralaya, mais tarde no seu livro sobre as Mahavidyas ele identifica outra Mahavidya, Dhumavati, como sendo manifesta dentro do próprio Mahapralaya: “Dhumavati é falada geralmente como uma manifestação do Mahapralaya, a grande dissolução do universo no fim da grande era cósmica. No Prapancasarasara-samgraha, Ela é dita ter a aparência "negra como as nuvens acumuladas durante a dissolução." No seu hino de mil-nomes, Ela é chamada "Aquela cuja forma é Pralaya. Um autor disse que ela aparece no fim dos tempos, quando até mesmo Mahakala, o próprio Shiva, desapareceu. Portanto, Ela está sozinha, Ela aparece como uma viúva e nessa forma representa "o poder do tempo, fora do tempo e espaço." Outro acadêmico diz que Dhumavati "personifica a destruição do mundo por fogo, quando somente fumaça e suas cinzas permanecem." Além de nome e forma, além das categorias humanas, sozinha e indivisível, como uma grande dissolução, Ela revela a natureza do conhecimento último, que é sem forma e não conhece divisões entre bem ou mal, puro e impuro, auspicioso e auspicioso."

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