"Qualquer tecnologia avançada o suficiente é indistinguível da magia"
-Arthur C. Clarke
O que é tecnologia? Basicamente - ferramentas, extensões do corpo humano com o qual nós manipulamos nosso meio-ambiente. Dos machados de pedra a microchips, é tudo tecnologia em seus vários graus de avanço. O que é 'natural'? Nós somos, enquanto animais, separados da natureza? O nosso uso de ferramentas nos diferenciam tanto assim? Há geralmente uma conversia da humanidade 'destruindo a natureza' como se fossemos separadas dela. Eu tenho certeza que nossa realização e a reforma do abuso que já ocorreu, também é parte processo 'natural'. Ou talvez é natural para nós limparmos a nós mesmos e o resto da terra e seus residentes continuar sem nós?
De acordo com a conta longa do calendário Maya, o baktun final, Baktun 13 de 1992-2012 terminou no solstício de 2012, 21 de dezembro. Ao invés de qualquer sentido de finalidade, a realidade parece estar caminhando normalmente, o que é um perigo no ocidente moderno. Não há um 'Baktun 14', portanto presumidamente, da perspectiva Maya, nós estamos agora em uma espécie de 'décima terceira hora' infinita do décimo terceiro Baktun, ou seja o tempo dos sonhos.
"Só tem espaço até o ano 2012." "Isso irá assustar alguém algum dia" |
Os próprios Mayas consideravam o empo do 'retorno de Kukulkan'. Chamado Quetzcoatl pelos Astecas, Kukulkan é uma deidade maior da antiga civilização Maya. Esse tempo do solstício de dezembro de 2012 não é um instante isolado, mas todo um período de mudança rápida ao redor da extremidade do aeon, continuando a descontrair suas escamas iridescentes.
Kukulcan/Quetzalcoatl significa 'serpente alada', uma metáfora obvia para a energia da kundalini. Kundalini é 'poder da serpente' que reside em nossos sistemas nervosos, ascendendo a espinha para providenciar inspiração e iluminação (as asas abertas na coroa da cabeça). Existe em quase toda cultura antiga. O Caduceus, o bastão alado estrelaçado com serpentes do mensageiro grego dos Deuses, Hermes, foi apropriado pela medicina ocidental. Sempre foi um simbolo de magia e cura. Nas tradições védicas e hindu, as serpentes macho e fêmea Ida e Pingala se entrelaçam no eixo central 'sushumna' de nossa espinha, entrelaçando entre as 'rodas giratórias' de nossos chakras. No seu livro Hunbatz Men dá a evidencia de antigos figurinos de barro Maya, com quatro pontos na base da espinha, seis no umbigo, etc. - o número de pontos de cada um desses 'centros de poder' correspondendo com o total de 'pétalas' de cada chakra no sistema Hindu!
Hunbatz afirma que o retorno de Quetzalcoatl, seria uma metáfora de ativação dos chakras e a ascenção da Kundalini. O dilúvio bíblico quando Noé aparentemente construiu a sua arca foi um evento histórico provado. Supostamente o próximo 'apocalipse' será por fogo. Não seria legal se esse 'fogo' fosse o 'fogo' metafísico da kundalini ao invés de um cataclisma ecologico literal?
O que o 'retorno de Kukulcan' implica? A ascenção de Kundalini em muitos? Ou seja, o despertar a consciência coletiva e iluminação em massa? A ascensão de serpentes microcósmicas em nossas espinhas e as grandes serpentes da terra? Em muitas culturas antigas a ascenção de uma grande serpente significa o 'fim do mundo' ou o 'fim do tempo', grandes mudanças. Para os aborígenes australianos a ascensão da serpente do arco-íris significa o fim do mundo. Os nórdicos (que também aparentemente profetizaram a vinda dos 'guerreiros do arco-íris', apesar de eu ainda ter que encontrar evidencia sobre isso) falaram do Ragnarok, a batalha os Deuses no fim do mundo, quando o lobo do caos Fenris, consome o sol e a serpente Midgard, a grande serpente circulando a árvore do mundo (Yggdrasil), ascende.
Essa serpente que morde o próprio rabo foi chamada de Oroboros pelos antigos Gregos e Tiamat pelos Babilônicos. Na bíblia é Leviathan, e a besta do apocalipse tem o número 666. Na Kabbalah judaica 6 é o número do sol, sugerindo como no mito nórdico que nosso sol pode ser destruído ou nos destruir (diminuição da camada de ozônio?).
O baktun final (13) da contagem longa Maya foi o baktun de AHAU, que representa a consciência solar - uma era solar, quando nós começaremos a sintonizar mais no centro galático, via as mensagens para os nossos chakras do plexo solar através nosso próprio sol ou kin.
Robert Coon - uma das pessoas que mapearam os centros dos chakras globais onde o Crepúsculo de Prata executou o Trabalho de Chakra Global - prefere o calendário Asteca, que ele afirma substituir o calendário 'morto' Maya, e assim coloca 2039 como o 'retorno de Quetzalcoatl'.
Mas o que é o 'fim' senão outro começo? É mais provável um retorno ao tempo dos sonhos primal xamanico quando matéria e espirito eram indiferenciados. Lançando-se através da lemniscata:
Aqui nós vamos novamente para os portais da aurora, quando o tocador da flauta tocava suas flautas. Ele atraia para baixo a lua com seu tom e os portais se abriam. Osiris ascenda. Ó Pai ascenda novamente. Portanto a processão começava, a progressão dos aeons...
Agora vamos examinar cada era do inicio até agora, e as suas várias interpretações...
O inicio foi chamado o tempo dos sonhos. O Aeon xamanico e o Aeon sem nome. Não é o início do tempo como tal, mas um prologo a ele, como o tempo não era registrado e nem mesmo necessariamente reconhecido. É muito tempo atrás para sabermos. Tal como o futuro, está borrado em mito e especulação. 'História' tal como um registro de eventos sequenciais, certamente não tinham começado.
Para os aborigenes da Australia, isso é chamado o tempo dos sonhos. É o tempo do mito, quando os espiritos ancestrais criaram o mundo. Claro que um desses seres antigos é a serpente do arco-íris atemporal, Almudj.
Outro arquetipo do Aeon xamanico é Pan. Um representativo do animal antigo atavistico e primal no homem, o Deus/a de Chifres era 'tudo' nesse aeon. Portanto surgiu a palavra grega Pan, significando 'Tudo'.
Aion conta sobre Aeon sem nome e a corrente de Pan no seu "Livro do Portal chamado Pan", o texto central do 'Livro do Chifrudo' (The Book of the Horned One', Concrescent Press 2012) descrevendo simbologias qabalisticas e ocultas a essa entidade primal. Pan é 'a besta' dentro da humanidade, dominante antes do ínicio da civilização. Portanto o fim dos tempos com sua 'besta do apocalipse' novamente conecta de volta ao inicio.
Mas esse 'Aeon sem nome' é de todas as maneiras presente, portanto a simbologia/mitologia recorrente do Deus/a de Chifres. É o eixo central do caduceu/leminiscato, o sushumna através do qual os outros aeons são tecidos e se cruzam. Tal como a besta - nossa natureza animal/instintiva subjacente - está sempre inerente dentro de nós apesar do veneer da civilização, portanto o sonhar central sempre está lá, por mais submersso que possa estar por algum paradigma materialista ou racionalista. E nós devemos sempre re-tornar...
Na Qabalah, a tradição esoterica subjacente por detrás do que se tornou a religião exoterica bíblica do Cristianismo, há uma fórmula chamada Tetragrammaton. Há uma palavra de quatro letras (tetra=quatro) para Deus no antigo alfabeto hebraico: YHVH - mas é também uma formula mágicka para quatro aeons sucessivos. Estão relacionados os quatro elementos existente, e assim como a Qabalah aparentemente tem suas origens no conhecimento antigo egípcio, cada um desses aeons carrega uma deidade egípcia como seu 'representante' simbólico ou titulo.
A primeira letra, Yod, representa Osiris, o 'He(h)' Isis, o 'Vau' Hórus e o final 'He' Maat: O pai, a mãe, o filho e a filha. Essa é uma visão muito ocidental dos períodos de tempo e certamente não se aplica ao mundo todo historicamente, mas mesmo se reconhecido como uma perspectiva limitada historicamente, ainda assim oferece alguns insights interessantes para as partes do mundo no qual se aplicam.
O Aeon de Isis, o Matriarcado, na verdade precedeu o de Osiris apesar da a ordem aparente contraditória das lestras YHVH, que está ordenada de acordo com a idéia da semente masculina (o Y ou Yod da formula) iniciando o processo de concepção ao invés de uma reflexação da progressão aeonica. O Aeon de Isis foi o primeiro 'aeon' da história. Nada era registrado ainda, mas a civilização definitivamente começou. A mãe, Deusa da fertilidade, reinou enquanto a agricultura deu inicio. A lua e a terra eram adoradas e veneradas como Deusas sagradas. A cultura básica pagã floresceu.
Então gradualmente o patriarcado surgiu. O advento do calendário solar trouxe o Aeon de Osiris, o pai. Os cultos solares pagãos floresceram. Surgiu a religião organizada. O cristianismo começou a se espalhar ao redor do mundo, se tornando eventualmente o paradigma dominante enquanto ele substituiu as mitologias do velho mundo e panteões com seu dogma monoteistico de 'um Deus (homem)' Simultaneamente nós vimos a ascensão do racionalismo materialista cientifico e o advento da industrialização. A tecnologia começou a progredir em um ritmo acelerado, e a arte começou a estar submersa por detrás do ataque devastador da praticidade.
A magia se tornou esotérica, oculta, escondida. O ritual, a dança das pessoas comuns com os elementos durante o matriarcado, se tornou the cloistered province do sacerdócio patriarcal. Esses poucos que continuaram os caminhos antigos fizeram de maneira secreta, temendo a fúria a igreja fundamentalista e suas inquisições.
De qualquer maneira a magia e o paganismo continuaram nas sombras, e como a ciência se tornou ainda mais dominante, Aleister Crowley emergiu como um representante do renascimento oculto. Nessa época praticamente todos que se interessavam por magia eram considerados malignos, portanto ao invés de tentar refutar isso Crowley explorou a imagem sinistra como 'o homem mais perverso do mundo', representando o adversário e atraindo muitos que estavam frustrados com a mediocridade da Igreja e Estado.
As práticas de Crowley realmente introduziram um elemento de 'ciência' para a magia como nunca antes, introduzindo metodologias ainda mais precisas enquanto ainda revelling na poesia da cerimonia e do ritual.
Entra o Falcão: Em 1904, Crowley inaugura o 'Aeon de Hórus', a criança coroada e conquistadora com a recepção do Livro da Lei, , 'Liber AL vel Legis'.
O aeon do filho ou criança nasceu com o expurgo da primeira guerra mundial, que Crowley viu como o limpar dos escombros do velho Aeon. Hórus é o senhor guerreiro com cabeça de falcão, filho de Isis, a mãe e Osiris, o pai, cujo trono ele herdou na antiga formula do Tetragrammaton.
A influencia de Crowley e seu trabalho no mundo oculto é vasto, se alongando em muitos cantos mal-iluminados de várias seitas e ordens. A recepção de informação similar independente, também com imagem de falcão, por outros tais como o psíquico Uri geller, o revolucionário psicodélico e psicólogo Timothy Leary, o autor/filósofo quântico Robert Anton Wilson, e o fundador da Federação Damanhur ('Cidade de Hórus') Falco, alimenta as afirmações de Crowley de transmissões de fontes extraterrestres, aparentemente através das estrelas binares de Sirius; ou pelo menos confirma as sementes de nossa consciência coletiva plantada pelos antigos egípcios (uma cultura muito similar em interesses astronômicos e arquitetura com os Mayas) que adoraram Sirius como Sothis.
Externamente, o aeon da criança também aparenta estar se manifestando. Desde da década de 50, um novo espirito de rebelião da juventude emergiu dos valores conservadores do patriarcado, com o advento da musica rock ao movimento hippie flower power ao reacionismo do punk a síntese corrente de todas essas subculturas (e mais) em uma nova prole que geralmente abraça ambas tecnologias modernas e espiritualidade do velho mundo. Paganismo, panteísmo e mesmo atitudes animísticas re-emergem e a igreja cristã começa seu declínio em estagnação.
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